quinta-feira, 24 de junho de 2010

Recebi por mail. Muito Obrigado.


Vou emagrecer assim...





Saramago: populista extremista de ideologia anti-religiosa

Saramago foi um homem e um intelectual sem qualquer admissão metafísica que depositava a sua confiança no materialismo histórico, isto é, no marxismo. Colocado lucidamente na parte da "cizana" no evangelho do campo de trigo, denunciava agressivamente as cruzadas ou a Inquisição, esquecendo propositadamente os 'gulags', as purgas, os genocidios, dos 'samizdat' culturais e religiosos dos seus corregilionários.
Ao analisarmos a novela "O Evangelho segundo Jesus Cristo" (1991), uma obra "irreverente", chegamos facilmente à conclusão de que esta é um "desafio à memória do Cristianismo" e percebemos que ele não percebe nada do que é "salvar".
No que diz respeito á religião, atada como esteve sempre a sua mente por uma desestabilizadora intenção de tornar banal o sagrado e por um materialismo libertário que quanto mais avança nos anos mais se radicalizava, Saramago nunca se deixou levar por uma incómoda simplicidade teológica.
Um populista extremista como ele, que, ao longo da sua vida, procurou dar resposta ao porquê do mal no mundo, deveria ter abordado em primeiro lugar o problema de todas as erróneas estruturas humanas, desde as histórico-políticas às socioeconómicas, em vez de saltar apressadamente para o plano metafísico.
Porque não o fez? Afinal era um defensor de ditaduras comunistas... inimigo das liberdades (expulsou os jornalistas do JN - trabalhadores) e amigo dos ditadores de esquerda e comunistas...
Era débil com os fortes e forte com os débeis.
Porque quis ganhar dinheiro, ofendendo e insultando?
Porque não ficou sepultado em Espanha, como desejava?
Será um herói que merece estar no panteão nacional?
Devemos estar loucos, quando ouvimos atribuir-lhe estes qualificativos:
"Exemplo de compromisso, defensor dos direitos humanos, lutador pela justiça, referente ético".

Padres Inquietos

terça-feira, 22 de junho de 2010

Lembrei-me agora:
Os dias começaram hoje a ficar mais pequenos.
Apriveitem-nos...

Bola na cabeça

Disse o José Pacheco Pereira no programa "A Quadratura do Círculo", na SIC Notícias:
Subitamente, o país (Portugal), no lugar onde tem a cabeça, pôs uma bola.

E é bem verdade. Reparem no tempo de antena dos noticiários dos canais televisivos dedicado ao Futebol, política, saúde, acontecimentos, etc. Adoro futebol e toda a gente sabe disso, mas... não era preciso tanto.

Selecção descaracterizada???

Ontem vinha para a casa e na rádio (TSF) ecoava a ressaca dos 7-0 à Coreia. É claro que à euforia do momento e, assente a poeira, começaram a surgir os cientistas do pontapé na bola a balizarem o feito, sendo que uma das questões tratadas era a linha clara que alguns dos nossos críticos estabelecem entre o que chamam uma selecção pura e uma selecção descaracterizada (sic). Ora este «descaracterizada» só pode referir-se a Deco, Pepe e Liedson que são de origem brasileira. Um dos puristas, por exemplo, repetia à exaustão que ontem, até aos 4-0, TODOS os jogadores eram exclusivamente de origem portuguesa.
Alguém explique a estes puristas que há leis de nacionalidade e estas, como quaisquer outras deverão ser observadas na pureza da sua substância. Um cidadão tem ou não tem condições para ser cidadão nacional. Se não tem… paciência. Se tem, tem e as dúvidas terminam ali. Um cidadão nacional é um cidadão nacional. Vota, tem os direitos e os deveres de um cidadão nacional e, entre outras coisas, o de representar a selecção nacional. Talvez não fosse mau, igualmente, explicar a estes puristas que nem sempre é aconselhável esmiuçar muitas gerações acima, não vá a pureza da nacionalidade ser inquinada com algumas surpresas mais ou menos desagradáveis.

Funerais de quem morre em Lares

Ao longo dos últimos anos tem acontecido, com alguma frequência, ter de presidir a celebrações de exéquias (funerais) de idosos utentes de lares. Em Moure, em S. Mamede de Escariz e em Rio Mau já aconteceu aquilo que vou partilhar e o sentimento que me invade nesses momentos e agora.
São idosos que viveram os últimos da sua vida em Lares do Concelho de Vila Verde. Os seus funerais decorreram normalmente e provavelmente ninguém encontrou neles nada de anormal. Eu encontrei. E isso deixa-me triste, revoltado e pensativo. Quando morre algum idoso no lar em Moure, a Instituição manda fazer uma Coroa, as funcionárias e Direcção vão ao funeral e mesmo que o funeral não seja em Moure já tem acontecido até eu presidir nas outras comunidades. Isto tudo para dizer o quê? Por favor, não me interpretem mal, pois não sou melhor que ninguém, mas não posso calar a minha revolta por muitos desse idosos que estão noutros lares não tem ninguém desses lares no seu funeral. Nem direcções, nem funcionárias... nada. É triste. É lamentável. Tenho uma vontade enorme de dizer mais coisas a este propósito. Peço desculpa, mas não posso. Deixo à vossa reflexão e consideração.

O meu aniversário

No passado dia 13 de Junho completei mais uma translação relativamente ao sol (diria Carl Sagan...);
Há quem diga que é mais uma primavera (diriam os ecologistas...);
Há quem diga que estou mais velho (diriam os pessimistas...);
Há quem diga que estou mais experiente (diriam os filósofos...);
Há quem diga muuuuiiiiittttaaaaa coisa...
Eu apenas digo que trinta e cinco já cá cantam... E como dizia o outro, é como beber frize: sabe igual!
Obrigado a todos os que me endereçaram os parabéns, por sms, por mail, no Hi5, pessoalmente e nas Celebrações Eucarísticas. Obrigado a todos que fizeram destes 35 anos, anos de felicidade.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Primeiras Comunhões

Dia de tanta “Primeira Comunhão” por aí fora…
Dá-me pena ainda a maneira como se celebra na maior parte dos lugares. Parece que inventámos o “Dia da Hóstia”!

Podia ser muito bem aproveitado este dia para ajudar as crianças a despertar para esta consciência da importância da Comunhão. Não a “primeira vez que se come a hóstia”, mas o tornar-se conscientemente amigo e companheiro daquele Jesus que à volta da mesa com os seus amigos mostrava que só se é feliz quando se constrói a Comunhão e se matam dentro de nós, pouco a pouco, os impulsos de egoísmo, soberba, juízo dos outros e mania das grandezas.

Em vez disso… É um dia cheio de fatiotas que se comparam umas com as outras, um dia de vaidades e umas cerimónias de “glamour infanto-religioso”. Depois, uma almoçarada… e umas quantas prendinhas para o menino e a menina. Tudo à volta dele! Tudo a girar em torno do menino, da hostiazinha na sua barriguinha e do Jesusinho no seu coraçãozinho… Mas não é assim que se entra na onda da Comunhão que se celebra…

terça-feira, 1 de junho de 2010

A todas as crianças que passam por aqui...

Ser criança é achar que o mundo é feito de fantasias, sorrisos e brincadeiras.
Ser criança é comer algodão doce e se lambuzar.
Ser criança é acreditar num mundo cor de rosa, cheio de pipocas.
É ser inesquecivelmente feliz com muito pouco.
É se tornar gigante diante de gigantescos pequenos obstáculos.
Ser criança é fazer amigos antes mesmo de saber o nome deles.
É conseguir perdoar muito mais fácil do que brigar.
Ser criança é ter o dia mais feliz da vida, todos os dias.
Ser criança é estar de mãos dadas com a vida na melhor das intenções.
É acreditar no momento presente com tudo o que oferece, é aceitar o novo e desejar o máximo.
Ser criança é chorar sem saber porque.
Ser criança é estar em constante estágio de aprendizado, é querer buscar e descobrir verdades sem a armadura da dúvida.
Ser criança é olhar e não ver o perigo.
Ser criança é ter um riso franco esparramado pelo rosto, mesmo em dia de chuva, é adorar deitar na grama, ver figuras nas nuvens e criar histórias.
Ser criança é colar o nariz na vidraça e espiar o dia lá fora.
É gostar de casquinha de sorvete, de bolo de chocolate, de passar a ponta do dedo no merengue.
Ser criança é acreditar, esperar, confiar. E é ter coragem de não ter medo.
Ser criança é querer ser feliz.
Ser criança é saber embrulhar desapontamentos e abrir caixinhas de surpresas.
Ser criança é sorrir e fazer sorrir.
Ser criança é ter sempre uma pergunta na ponta da língua e querer muito todas as respostas.
Ser criança é misturar sorvete com televisão, computador com cheiro de flor, passarinho com goma de mascar, lágrimas com sorrisos.
Ser criança é errar e não assumir o erro.
Ser criança é habitar no país da fantasia, viver rodeado de personagens imaginários, gostar de quem olha no olho e fala baixo.
Ser criança é pedir com os olhos.
Ser criança é gostar de sentar na janela e detestar a hora de ir para a cama.
Ser criança é cantar fora do tom e dar risadas se alguém corrige.
Ser criança é ser capaz de perdoar e anestesiar a dor com uma dose de sabedoria genuína e peculiar.
Ser criança é andar confiante por caminhos difíceis e desconhecidos na ânsia de desvendar mistérios.
Ser criança é acreditar que tudo é possível.
Ser criança é gostar da brincadeira, do sonho, do impossível.
Criança é saber nada e poder tudo.
Ser criança é detestar relógios e compromissos.
É ter pouca paciência e muita pressa.

E ser criança é, também, ser o adulto que nunca esqueceu da criança que foi um dia. O adulto que consegue se reencontrar com a criança que ainda vive no seu íntimo e mais precioso território. Aquele pedaço que justifica todos os percalços e que dignifica todos os tropeços. A ingenuidade restaurada no dia-a-dia e que o transforma em herói ao reler as histórias de sua própria vida, narradas pela criança que o abraça, nas entrelinhas de um tempo que permanece imutável porque é sagrado. O tempo do princípio, da origem, da própria essência.