terça-feira, 29 de dezembro de 2009

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Mães, esposas e profissionais a tempo inteiro

Li esta semana que um estudo feito pela revista americana Works diz que as mulheres portuguesas são as que mais trabalham dentro do triângulo EMPREGO-CASA-FILHOS. Quando li isto confesso que não fiquei surpreendido. Não fiquei por 2 motivos. Primeiro, porque conheço a realidade de outros países onde a mães podem não trabalhar uma tarde para estarem com os filhos, que nessa tarde não tem escola. Todos os patrões são obrigados a dispensar as mulheres para tal. Segundo, porque quando li isto lembrei-me logo da minha mãe e de outras tantas mulheres que são incansáveis. Costumo dizer que a minha mãe é uma santa. Santa pelo que é e pelo que faz. Vejo-a como o modelo do que é ser profissional (nunca faltou 1 dia ao trabalho em toda a sua vida) do que é ser mãe e da forma como cuida da casa e da família. É impressionante como as mulheres conseguem ser tanta coisa ao mesmo tempo e fazer tanta coisa ao mesmo tempo. São mães, esposas, profissionais e ainda tem as lides de casa. E então se pensar quem são as catequistas, as zeladoras, quem trabalha em prol da comunidade, são quase todas essas mulheres. Cheias de canseiras e trabalhos, mas tem sempre tempo para ajudar e estar ao serviço.
Que as mulheres tenham sempre esta atitude de serviço, mas que nós, homens, pais, maridos ou filhos, atenuemos tantos sacrifícios que as mulheres fazem.

Este estudo pode ser motivo de orgulho para nós pela grandeza das mulheres portuguesas, mas pode ser o contrário, pela provável preguiça ou desleixo de muitos maridos e filhos. Que cada um faça a sua análise, a sua reflexão.

Encontros /actividades até ao Natal

Aproveito para deixar aqui a informação e o convite à participação nas várias iniciativas que as Comunidades irão ter antes do Natal:
DIA 10, QUINTA-FEIRA, ÀS 20.00H: tomada de posse (recondução) da nova Direcção do Centro Paroquial Social de Moure
DIA 11, SEXTA-FEIRA, ÀS 21.00H: Concerto de Natal na Igrela Paroquial de Moure
DIA 12, SÁBADO, 18.30H: encontro da Equipa do Jornal Rio Mau para uma visita ao Jornal Correio do Minho e para uma jantar, assinalando o seu 7º aniversário.
DIA 13, DOMINGO, 14.30H: Festa de Natal de Moure com lanche convívio, gratuito, para toda a freguesia, na Quinta de Gondramáz
DIA 19, SÁBADO, ÀS 20.00H: Ceia de Natal da Comunidade de S. Mamede de Escariz
DIA 19, SÁBADO, ÀS 20.00H: Ceia de Natal dos idosos de Moure
DIA 20, DOMINGO, ÀS 12.30H: Almoço de Natal, gratuito, para toda a Comunidade de Rio Mau

Campanha de Natal

Recebi este pedido da Ana Reis. Não a conheço, mas isso também não interessa quando toca a judar alguém. Resolvi, por isso, deixar o seu pedido numa postagem:
Estou fazendo uma Campanha de Natal para crianças necessitadas da minha comunidade carente,são crianças que não tem nada no Natal,as doações serão destinadas a compra de cestas básicas-roupas-calçados e brinquedos. Se cada um de nós doar-mos um pouquinho DEUS multiplicará em muitas crianças felizes. Se voce quiser ajudar é fácil,basta depositar qualquer quantia no Banco do Brasil agencia 3082-1 conta 9.799-3 Voce verá como doar faz bem a Alma,obrigado. meu email asilvareis10@gmail.com

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Encontro de famílias dos padres ordenados no ano 2000

Os padres que foram ordenados no ano 2000 e que hoje prestam serviços em paróquias das dioceses de Braga e Viana do Castelo, reuniram-se ontem em jornada de confraternização no Seminário Menor, à Rua de S. Domingos para reforço de amizade que os une e troca de experiências.Para este encontro, os jovens sacerdotes contaram com a participação dos seus pais, proporcionando, assim, a oportunidade de se conheceram melhor e reforço de laços de amizade.O arcebispo primaz, D. Jorge Ortiga, marcou presença na sala onde os jovens párocos se reuniram com os seus pais. Elogiou a iniciativa, lembrando que antigamente o sacerdote era mais apoiado. Hoje, a missão de um padre é 'exigente e difícil'. E para que se mantenha fiel no cumprimento dessa missão, 'ele necessita da família', recordando o prelado o que Cristo disse aos apóstolos quando os deixou.'É fundamental que os pais acompanhem os filhos', para que estes se sintam estimulados nos momentos difíceis, até porque os pais são capazes de intuir, isto é, conseguem mais facilmente detectar as preocupações deles. E 'há pequeninas coisas que podem ajudar. É muito importante o apoio dos pais dos sacerdotes' — frisou. D. Jorge Ortiga sublinhou também a importância das famílias dos colegas dos sacerdotes, não apenas pela criação de amizade entre elas, mas também por disso resultar uma 'família alargada', com os padres a terem 'uma família maior'.O arcebismo primaz expressou depois aos pais dos jovens sacerdotes a sua convicção de que, do encontro ontem realizado, estes sairão do mesmo 'retemperados', ganhando nova força. 'Nós precisamos destes momentos para conviver', voltando o prelado a lembrar que no seu tempo não se faziam este tipo de encontros. Antes de se despedir e participar no encontro da Associação dos Antigos Alunos do Seminário, realizado também ontem ao ali ao lado, os jovens sacerdores fizeram questão de entregar ao arcebispo uma lembrança desta iniciativa que acontece, aliás, no Ano Pastoral. E concelebraram uma missa antes do almoço.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O Padre apaixonado

Nos últimos dias nós, os padres, temos sido "metralhados" com o caso do Padre Rui Saraiva. O Padre de 26 anos que fugiu com uma jovem de 18 anos. Tenho sido abordado constantemente com este caso que alimentou e alimenta jornais e programas de televisão. O que mais me impressiona é que tudo o que se passa com padres ser a guloseima mais apetecida pelos meios de comuniação social. Adoram estas coisas. O que mais me intriga é a mesquinhez e o que fica por dizer. É que o caso do Padre Rui merece uma profunda reflexão e é preciso alargar o zoom da nossa óptica. Não podemos ficar pelo julgamento e pelas opiniões pessoais. Uns criticam outros fazem dele um herói ou uma história de amor à medida de uma romance. Não vou cometer aqui o mesmo erro de tanta gente que apenas comenta e não reflecte. Comentários não faço. O Padre Rui, a Fátima e as suas famílias merecem o meu respeito. Apenas toco neste assunto para que todos possamos fazer uma reflexão mais profunda acerca daquilo que é importante.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Partilhado por um colega sacerdote a propósito das vocações sacerdotais

Não vou falar do que penso. Vou só constatar a realidade. Tal como a constata o meu olhar. Digam que é apenas um olhar, que eu respeito. Mas é um olhar que existe.O número de paróquias não diminui. Só diminui o número de pessoas em cada paróquia. Por outro lado, o número de sacerdotes diminui substancialmente. Logo, aumenta o número de paróquias e de serviços por sacerdote.Geram-se novas angústias nos sacerdotes. Cansados. Esgotados em correrias, em faltas de compreensão, em multiplicar de exigências da parte das pessoas. Estigma do funcionário/profissão. Celibato. Falta de tempo para a oração. Para si próprio. O problema acresce porque alguns não aguentam e desistem. Lembro o mais recente colega que já não está ano activo. Estou a pensar noutro que já teve o casamento civil marcado. O problema agrava-se porque diminui o número de sacerdotes e a regressão aumenta. Muda o número de participantes nas eucaristias. As pessoas emigram de diversas formas. Os paroquianos diminuem. Um problema de natalidade, sobretudo. Missas com menos gente. Há-as com 30, 40 pessoas. Não podiam juntar-se?!Muda muita coisa. Fora e dentro da igreja. Novos confrontos. Novas necessidades. Um evangelho a actualizar. Mas as atitudes dos cristãos continuam as mesmas de há vinte ou dez anos atrás, quando tinham o pároco na paróquia, sem grandes serviços, disponível para ouvir, para presidir a todas as celebrações, litúrgicas ou não, com tempo para inventar festas e procissões, para confessar, para conviver com as pessoas, embora se calhar hoje os padres convivam mais com as pessoas, digo eu. Recorrem ao padre quando precisam, e exigem-lhe, porque se entregou gratuitamente em favor do reino, que esteja na gaveta ao dispor. Abre-se e fecha-se a gaveta consoante as necessidades. Ate aceito. É para as necessidades que ele tem sentido. Mas, se têm celebração da Palavra é porque não deviam ter. Se a procissão foi mais curta o padre faz-nos perder a fé. Se o casamento não é assim ou assado, este padre não presta. Se vai exigir-se uma catequese organizada, coerente e séria, são exigências, e desistimos. Se faz algo formativo, não é para mim, pois também não tenho tempo. Se não faz, não se dedica às pessoas. Não quer saber. Se é obrigado a acabar com alguma coisa, não quer trabalho. Se não possui tempo, não quer saber de nós. Se come com este, tem preferidos. Se não come em casa de ninguém, não é sociável. As atitudes são as mesmas de há vinte anos. E depois a Igreja não evolui.Sabem de um coisa? De vez em quando, ocorre-me a tentação de desejar ter nascido uns vinte anos antes.
Primeiro pára, senta-te e pensa o que pretendes de bem. Depois, pondera, não as hipóteses teóricas, mas as possibilidades reais. Então, entre duas realidades, podes escolher a melhor. Discernir não é descobrir a única hipótese boa, é decidir, entre coisas boas, qual é a melhor, a mais construtiva para si e para os outros. Se é fácil ou difícil, isso não conta.

Kierkegaard

" Aquilo que leva ao começo é o espanto.
Aquilo pelo qual se começa é uma decisão."

Futuros Bispos

Provavelmente esta postagem vai ser polémica e vai haver quem não goste. Mas acho isto interessantíssimo e resolvi partilhar os sintomas daqueles padres que aspiram, descaradamente, ao episcopado.

Sintomas mais comuns:
  • Trabalham muito a imagem em ambientes eclesiásticos;

  • Oferecem-se para qualquer cargo na diocese, desde que este possa acrescentar mérito e dê visibilidade exterior;

  • São "politicamente correctos";

  • Normalmente evitam opinar sobre os temas fracturantes da Igreja e da sociedade;

  • Preferem falar sobre temas "fechados" da doutrina católica;

  • São alérgicos às questões da doutrina social da Igreja. Preferem temas de moral sexual, sempre na linha rigorista do Magistério;

  • "Profetismo" não é uma palavra que faça parte do seu vocabulário;

  • São, necessariamente, conservadores.

Normalmente, e salvo raras excepções, é assim que "nasce" um novo bispo.

Reunião do Clero

Hoje tive uma daquelas reuniões, sabem daquelas que ficam bem ter na agenda mas que nada nos dizem... Nós padres também temos dessas coisas. Recebemos convites para participar nisto ou naquilo. Afinal a reunião não foi mais do que um encontro. É bom encontrar rostos que não vemos há tanto tempo, faz bem partilharmos a amizade e "criar laços" mas o essencial, sim o essencial da questão passou ao lado. Foi a reunião mensal do Clero do Arciprestado. Fico sempre com aquela sensação que em vez de reunidos, devíamos estar mais vezes unidos. E isto passa para a vida das Comunidades. Há tanta reunião e, muitas vezes, pouca união. Mas elas são precisas… mas a união também.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Comunhão na mão

Nos últimos tempos muitos sacerdotes têm convidado os fiéis a comungarem na mão. Eu assim o fiz. Confesso que a Gripe A não foi o único motivo que me levou a tal, mas ajudou. Penso que é a melhor forma dos fiéis comungarem. Nas Comunidades que sirvo maior parte das pessoas comungam na mão e quero deixar aqui uma palavra de gratidão pela compreensão, mas também partilhar um dos pontos da nota pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa: Lumen, 1975, na página 460:
Quanto à comunhão na mão, pastores e fiéis devem preocupar-se em realizar o gesto de maneira digna e significativa. Para tanto, e segundo a antiga tradição, o ministro colocará o Pão consagrado na mão do fiel, o qual comungará antes de regressar ao seu lugar, por não parecer conveniente que o faça enquanto caminha, devendo ter ainda todo o cuidado com os fragmentos que eventualmente se desprendam.

Carta de Deus

Olá …

Hoje, como sempre, tenho olhado muito por ti. É verdade que não tens sentido a minha presença…quantas vezes já te ouvi protestar: - Não sinto nada, não sinto que Deus esteja comigo. Já temos falado sobre isto, ter Fé não é sentir, é confiar…confias em mim?
Ao olhar para ti vejo-te inquieto(a), mas também um pouco apático(a). Pareces incomodado(a) com o mundo…não percebes as notícias que ouves: guerras, histórias que julgavas impossíveis, crises, hipotecas e dívidas acumuladas, tanto sofrimento escondido…Nem imaginas como eu sofro, não há dor nenhuma que não me magoe profundamente, sou também eu que choro em tantos quartos escuros, sou também eu que me angustio e tenho medo…Sou também eu que te toco nessa tua incapacidade de compreender o mundo.
Lembras-te do dia em que te despediste daquele teu amigo…o que gritaste comigo! Estive contigo nesse grito que é próprio de quem ama, e estive contigo em todos aqueles gestos que te ajudaram a reencontrar o caminho…
Estou contigo quando espontaneamente te invade o espanto da beleza, quando agradeces as coisas simples, quando tocas na vida dos outros e os ajudas a descobrir horizontes… a paz e alegria que te preenchem nesses momentos são o maior sinal da minha presença.
Estou contigo no mais profundo dos teus sonhos. Fui eu mesmo que os criei. Cada vez que imaginares um projecto pelo qual vale a pena lutar, dar vida, esgotares-te… acredita que é aí que eu estou contigo!
Fica bem, continuo sempre contigo…
Teu Pai
P.S. Em cada um dos momentos do teu dia, aconteça o que acontecer, lembra-te sempre que és profundamente amado(a) por mim.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

S. Martinho, padroeiro de Moure e Rio Mau


Quarta-feira, dia 11
18.00h: Missa, em Rio Mau
19.30h: Missa, em Moure

Sexta-feira, dia 13
20.30h: Procissão de velas, em Moure

Domingo, dia 15
9.15h: Missa cantada, em Moure
10.30h: Missa cantada, em Rio Mau
15.00h: Sermão e Procissão, em Moure
16.15h: Procissão e Sermão, em Rio Mau

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Música Profana ou Sagrada?

Ganhei um grupo de novos amigos, em que temos um objectivo comum, o que faz com que nos encontremos todos os dias durante a tarde. Foi uma surpresa haver um Padre entre eles. Aproveitam a oportunidade para satisfazer curiosidades, dúvidas e até desabafos. De entre os desabafos já mencionaram várias vezes o entrave, em algumas Igrejas, às violas e músicas jovens. Lembrei-me a este propósito de dizer o seguinte:
Alguns tendem a categorizar determinadas coisas como sagradas. Apenas aquilo que é sagrado pode fazer parte da vida da igreja. Tudo o que não é sagrado é automaticamente profano, claro. Por exemplo. O futebol é sagrado? Claro que não, logo, é profano. Logo, o crente em Cristo não deve jogar futebol. E assim vão-se separando coisas da vida da igreja. Existe música sagrada, e música profana, e claro que apenas devemos ouvir música sagrada. São criadas regras para identificar o que se pode ou não ver ou ouvir. Regras que criam separação. Regras que transformam de tal modo a igreja, que passado algum tempo já ninguém se identifica com a igreja, apenas aqueles que criaram as regras. As coisas em si não são sagradas ou profanas. Uma faca em si mesma não é sagrada ou profana. Um determinado estilo de música não é sagrado ou profano. O uso que fazemos dessas coisas é que são para edificação ou não. Uma faca pode ser usada para matar, ou para cortar alimentos. A música pode ser criada para gerar efeitos negativos ou positivos. Em vez de regras sem sentido, precisamos olhar para as atitudes, e aceitar que a demonstração de fé de uma pessoa pode usar um estilo de música que nós não gostamos. Desde que Deus esteja a ser glorificado em tudo o que fazemos, então está tudo bem.

A Bíblia

Na Bíblia, Deus dá a conhecer a história do seu amor para connosco. E Deus quer que vivamos como irmãos e como amigos, felizes e libertos, na certeza de que Ele está connosco e nos salva.
A Palavra de Deus é criadora. Pela Palavra de Deus todas as coisas foram feitas e o ser humano é a obra mais admirável que saiu das suas mãos. Queremos que a nossa resposta seja um SIM, ao gesto criador de Deus para connosco.
Deus é amor e não abandona o homem no pecado. A Bíblia é um constante chamamento à vida nova que Deus oferece. Para realizar este Plano de Amor, ao longo dos séculos, Deus fez alianças de fidelidade mútua com o homem. Deus é fiel e espera de nós, fidelidade.
Através dos tempos, Deus renova a Sua Aliança com os homens por meio dos Patriarcas e dos Profetas. Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus mandou o seu próprio Filho à terra. Em Jesus Cristo realizaram-se todas as Promessas e esperanças do Antigo Testamento. Ele é a Palavra de Deus encarnada e viva. É a Luz e a vida. É o centro da história da Bíblia. É o Caminho que nos conduz ao Pai. É a Verdade que guia os nossos caminhos. É a Vida da nossa vida.

Pobreza Envergonhada

Das coisas mais duras que tenho de passar como "patrão" é ter de dizer não a quem me pede trabalho, mesmo sentindo que estou a ser injusto. Injusto, porque não tenho lugar na instituição para mais funcionárias e algumas das que lá estão não merecem o lugar que ocupam. Digo isto sem rodeios. Ainda no sábado passado uma senhora estava à minha espera para me pedir trabalho. O marido trabalha na Espanha e já não recebe à dois meses. A fábrica onde ela trabalhava fechou no fim do mês de Outubro. É uma família como tantas outras que no fim do mês pode não entrar um ordenado e há despesas mensais obrigatórias. Isto é terrível. A pobreza envergonhada está cada vez mais próxima de nós. E é envergonhada, porque não sabemos quem são pela vergonha que têm. Quem não tem vergonha de pedir lá se vai safando, mas quem tem vergonha pode estar a passar grandes dificuldades. É um novo conceito de pobreza. Cabe-nos estar muito atentos e diligenciar no sentido de tornar a vida dessas pessoas menos dolorosa. Estejamos atentos. Há muita coisa que podemos fazer. Seremos verdadeiras comunidades se nos preocuparmos com os outros.

Aniversários: Grupo de Jovens de Moure e Jornal Rio Mau

Estamos no mês de Novembro (para quem ainda não tenha dado conta). Até aqui nada de novo. Só que neste mês faço, dia 14, 10 anos de ordenação de diácono. Mas o que me leva a mencionar este mês nesta postagem é o aniversário do Grupo de Jovens de Moure e também do Jornal Rio Mau. Quero aproveitar este espaço para endereçar os parabéns aos jovens de Moure por aquilo que têm dado à comunidade como grupo. À equipa do Jornal Rio Mau quero também deixar uma palavra de gratidão. Têm sido incansáveis e não tem sido fácil motivar jovens, com tanto trabalho, para mais este trabalho. Todos tem sido formidáveis. Jovens de Comunidades diferentes, mas com o mesmo espírito de serviço.
Não posso terminar estas palavras sem fazer referência à amizade que nos une. Obrigado pelo apoio ao Padre, mas acima de tudo ao amigo. Isso, para mim, é mais importante que tudo. Continuai a dar-vos a Moure e a Rio Mau sempre com a mesma dedicação e espírito de serviço. Conto convosco e podeis contar comigo. A Igreja precisa de vós e vós precisais da Igreja.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Família e amigos: aproveitemo-los!!!

Nas últimas semanas, em Moure, tem sido difícil entrar nos cafés, arrancar um sorriso, até mesmo nas celebrações, já que muitas tem sido missas de 7º dia. Isto tem uma justificação: a quantidade de funerais de gente nova (com menos de 65 anos): O Domingos, o Belarmino, o Joaquim e o António. E isto marca a Comunidade e marca-me a mim. Quanto mais os anos passam mais difícil é para mim ver partir paroquianos, porque cada vez mais vejo partir paroquinaos amigos. E isto acontece por causa do passar dos anos. Sei que tenho de ver a morte de forma diferente. Há quem diga isso, mas por vezes não consigo. E estas últimas semanas tem sido duras e tem doído não só ver partir amigos, mas partilhar sentimentos com as famílias.
Na terça-feira fez 2 anos que o meu pai teve um "pequeno" enfarte. Graças a Deus, a ele e aos médicos ficou bem. E agradeci a Deus ainda o ter comigo. Mas também me invadiu uma reflexão sobre a forma como, inúmeras vezes, não nos conseguimos aproveitar uns aos outros. Quantos jantares ficam por tomar, quantas conversas ficam por se ter, quantos cafés ficam por tomar etc?
Deixo esta reflexão a todos que a lerem, porque com a azáfama da vida nem damos conta que os anos passam e fica tanta coisa por fazer, dizer, pensar etc. Eu vou aproveitar o meu pai, mãe, irmão, cunhada, família e amigos o mais que puder. Penso que já aproveito, mas todos nós, como eu, podemos ser sempre melhores e estar mais presentes. Obrigado, Senhor, pela família que tenho e os amigos que vou construindo.

A propósito dos crucifixos nas escolas

Foi notícia, ontem, a causa ganha por aquela mãe italiana a propósito do sinal cristão nas salas de aulas: o crucifixo. Confesso que em escolas públicas até aceito. Se tivesse um filho na escola que não confessasse a nossa religião, provavelmente não propunha tirar o crucifixo, mas exigiria que ao lado também estivesse o meu símbolo. Por isso, aceito a lei que proíbe manifestações religiosas nas salas de aulas. Agora tentar essa proibição até em escolas privadas, incluindo as da Igreja, acho despropositado e inaceitável. O porta voz da Conferência Episcopal deu o exemplo, com ironia, que ainda vamos ter de mudar o sinal mais da matemática, porque é uma cruz. Eu iria mais longe e daria outro exemplo: é como ir ao cinema ver um filme pornográfico e mandar tirar a "bolinha" que indica um filme para maiores de 18 anos. Incomoda o sinal, mas não o conteúdo. Quem insere um filho numa escola em que a Igreja é proprietária e o seu director padre e exigir que a sala de aulas não tenha o crucifixo encaixa no exemplo que dei anteriormente.
Apenas resolvi deixar aqui a minha opinião acerca deste assunto propalado nos últimos dias e próximos.

sábado, 31 de outubro de 2009

Oração que o Papa Bento XVI nos convida a rezar durante este Ano Sacerdotal!

Senhor Jesus, Vós quisestes dar à Igreja, em São João Maria Vianney, uma imagem viva e uma personificação da caridade pastoral. Ajudai-nos a viver bem este Ano Sacerdotal, em sua companhia e com o seu exemplo. ... Fazei, ó Senhor Jesus que, com o exemplo do Cura D'Ars, os nossos jovens possam sempre mais aprender o quanto é necessário o ministério sacerdotal...Fazei que também em nossas comunidades, como aconteceu em Ars, se realizem as mesmas maravilhas da graça que fazeis acontecer quando um sacerdote sabe "colocar amor na sua paróquia".Fazei que as nossas famílias cristãs saibam descobrir na Igreja a própria casa, na qual os vossos ministros possam ser sempre encontrados, e saibam fazê-la bela como uma igreja.Fazei que a caridade dos nossos pastores anime e acenda a caridade de todos os fiéis, de tal modo que todos os carismas, doados pelo Espírito Santo, possam ser acolhidos e valorizados.Mas, sobretudo, ó Senhor Jesus, concedei-nos o ardor e a verdade do coração, para que possamos dirigir-nos ao vosso Pai Celeste, fazendo nossas as mesmas palavras de São João Maria Vianney:


Eu Vos amo, meu Deus, e o meu único desejo é amar-Vos até o último suspiro da minha vida.
Eu Vos amo, Deus infinitamente amável, e prefiro morrer amando-Vos a viver um só instante sem Vos amar.
Eu Vos amo, Senhor, e a única graça que Vos peço é a de amar-Vos eternamente.
Eu Vos amo, meu Deus, e desejo o céu para ter a felicidade de Vos amar perfeitamente.
Eu Vos amo, meu Deus infinitamente bom, e temo o inferno porque lá não haverá nunca a consolação de Vos amar.
Meu Deus, se a minha língua não Vos pode dizer a todo o momento que Vos amo, quero que o meu coração Vo-lo repita cada vez que respiro.
Meu Deus, concedei-me a graça de sofrer amando-Vos e de Vos amar sofrendo.
Eu Vos amo, meu divino Salvador, porque fostes crucificado por mim e porque me tendes aqui em baixo crucificado por Vós.
Meu Deus, concedei-me a graça de morrer amando-Vos e de saber que Vos amo.
Meu Deus, à medida que me aproximo do meu fim, concedei-me a graça de aumentar e aperfeiçoar o meu amor.
Amén.

Saramago / Bíblia / Igreja / Marketing e Publicidade


Várias pessoas me têm abordado no sentido de saberem a minha opinião sobre a "guerra aberta" entre o escritor Saramago e a Igreja com a Bíblia pelo meio. Resolvi, por isso, oferecer a minha opinião aqui neste espaço. Antes de mais quero dizer que todos tem direito a expressar as suas opiniões. Estas opiniões assumem dobrada importância se forem de idiotas. Os idiotas tem direito à palavra, porque é dessa forma que se manifestam e passamos a saber quem são. Se estiverem calados nunca os conheceremos. Relativamente aos comentários pouco abonatórios do Saramago acerca da Bíblia acho que se deu e dá muita importância. Conseguiu aquilo que queria: publicidade ao novo livro. Penso que a Igreja não tem de comentar tudo o que alguém diz contra si. Muito menos se deve defender, porque o silêncio, muitas vezes fala por si. Aquilo que me parece é que a Igreja, com muita pena minha, apenas fala a reboque das vozes contrárias. Aliás, e a este propósito, ainda esta semana tive uma conversa no cartório Rio Mau onde comentamos que a Igreja tem muito pouco marketing. Como há tantos departamentos dentro da Igreja, o da comunicação e imagem não deveria faltar. Isto pode parecer estúpido e até me podem acusar de estar a ir contra a liberdade de expressão, mas parece-me que a Igreja devia funcionar como as reitorias das universidades, os clubes de futebol, partidos, governo, empresas, entre outros, ao nível da comunicação. Em todos estes exemplos não é qualquer um que fala, mas estuda-se o caso para saber quem fala e o que vai dizer. A Igreja precisa de investir na imagem. Porque não publicidade, porque não marketing? Se a Igreja deve aproveitar os meios tecnológicos, penso que esse aproveitamento também deveria passar por aí. É uma simples opinão e até me poderão achar idiota.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Porque é que os jovens já não se interessam pela Igreja?

Assim colocada, a pergunta parece atirar a responsabilidade para o lado dos jovens. E esta é uma leitura perfeitamente lícita – o materialismo, o hedonismo, a falta de horizonte não são propriamente bichos raros entre a gente nova. A questão, contudo, pode muito bem ser virada ao contrário: “Será que os Jovens interessam à Igreja?” Os jovens como eles são, e não como gostaríamos que eles fossem. Não se trata de pôr em causa a instituição Igreja – os seus dois mil anos de história garantem-lhe uma sabedoria que não questiono – mas será que nós, Igreja, temos feito o esforço suficiente para falar a linguagem dos mais novos? Será que estamos dispostos a acolher os ventos de futuro que abanam as estruturas antigas e que muitas vezes põem em causa a nossa maneira de estar e pensar? Estaremos realmente abertos a uma diferença que ameaça, mas que não pode deixar de encerrar um dom? Os jovens não são os mesmos de há 40, 30 ou mesmo 10 anos atrás. E os seus problemas e sonhos também não. O mundo é outro e isso não pode ser esquecido ou ignorado! Os jovens são intensos, são tecnológicos, são “computorizados”, mas continuam à procura das experiências verdadeiras e profundas, como procuravam os jovens do passado e como irão procurar os jovens do futuro. Só que cada tempo tem a sua maneira de procurar. Os jovens são o futuro! A Igreja já mergulhou no terceiro milénio, e Jesus continuará a estar presente no mundo pelos jovens de hoje e do futuro. Por isso acredito que é preciso aprender, construir e viver com eles e não desacreditá-los, esquecê-los ou negar a sua realidade!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Apadrinhar uma criança moçambicana

Hoje estou muito feliz. Por vários motivos, mas o principal é que me acabo de tornar padrinho de uma criança orfã, moçambicana. Tenho um paroquiano, de Moure, que é Padre Missionário, o Padre Vitor Lamosa. Está em Missão no mato em Moçambique. Lá há muitas crianças orfãs a necessitar de cuidados. O mais incrível é com 100,00€ por ano e repito, por ano, uma criança estuda e tem todos os cuidados de saúde. É dessa forma que podemos ser padrinhos de uma dessas crianças. Não custa nada...basta entregar 100,00€ anualmente e passados 3 meses recebemos do(a) nosso(a) afilhado(a) uma fotografia, vamos receber depois uma carta e no fim do ano recebemos as notas da escola.
Deixo aqui o convite a todos os que passam por este blogue para aderirem a esta partilha. Deixo o apelo para que divulguem. E isto é real, O Padre Vitor Lamosa está lá e testemunha que esse dinehiro chega lá. É que muitas vezes desconfiamos.

Quem quiser ser padrinho ou madrinha de uma criança basta mandar um email para snsvasco@gmail.com e darei indicações da pessoa responsável em enviar os dados e os donativos para Moçambique.

Não quero que interpretem mal este convite, apenas achei tão simples, e com tão pouco dinheiro, a forma de podermos cuidar da formação e da saúde de uma criança sem pais.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Os 10 mandamentos do filósofo Kent Keith

1. As pessoas são ilógicas, nada razoáveis e egocêntricas. Amemo-las, mesmo assim.
2. Se fizermos o bem podemos causar motivações egoístas. Façamos o bem, mesmo assim.
3. Se formos bem sucedidos, ganharemos falsos amigos e verdadeiros inimigos. Sejamos bem sucedidos, mesmo assim.
4. O bem que fizermos hoje será esquecido amanhã. Façamos o bem, mesmo assim.
5. A honestidade e a franqueza tornam-nos vulneráveis. Sejamos francos e honestos, mesmo assim.
6. Os grandes homens e as grandes mulheres, com as melhores ideias, podem ser derrubados pelos mais pequenos, com as perspectivas de vida mais mesquinhas. Sejamos ambiciosos, mesmo assim.
7. As pessoas protegem os oprimidos, mas apenas seguem os poderosos. Lutemos pelos oprimidos, mesmo assim.
8. Aquilo que levámos anos a construir pode ser destruído numa única noite. Continuemos a construir, mesmo assim.
9. As pessoas talvez precisem realmente de ajuda, mas poderão voltar-se contra nós se as ajudarmos. Ajudemo-las, mesmo assim.
10. Demos ao mundo o nosso melhor, e haverá pessoas que nos desejarão mal. Dêmos ao mundo o nosso melhor, mesmo assim.
Está a começar a catequese nas Comunidades. Desejo que cresçamos todos.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O ciúme de Padres

Ontem um amigo de Rio Mau (gosto mais de ter amigos do que ter paroquianos e muito menos "espectadores de missas") veio-me pedir para ver se conseguia um sacerdote para o casar na terra da noiva, porque o Pároco local não pode. Confesso que estranhei não perguntar se eu estaria livre. Mas a maior surpresa veio depois quando me disse que o Pároco da noiva disse para eles "arranjarem" Padre e podiam ser todos menos o Padre de Rio Mau. É pena. É pena eu sentir-me a sombra de alguém ou a ameaça de alguém. É pena o ciúme doentio de algum padres. Não sou melhor que ninguém... nem quero. Quero ser eu; com os meus defeitos e as minhas virtudes (sim, pois também as tenho). Quero ser padre não à medida dos homens, mas de Jesus, da Igreja que sirvo e das Comunidades que me estão confiadas. Penso na tristeza do colega sacerdote. Eu triste? Não, rio-me e deixo andar...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Por, Migue Esteves Cardoso,in Revista J do passado domingo, dia 4

"Braga é fantástico. Às vezes, fica-se com a impressão que é Braga que deveria mandar neste país. Veio do Sporting de Braga o treinador que está a salvar o Benfica. Mas, mesmo sem esse treinador, o Sporting de Braga está em primeiro lugar.Acho que o Sporting de Braga é o único clube de que todos os portugueses gostam secretamente. Os benfiquistas acham que eles são do Benfica; os do Sporting apontam para o nome e os portistas, por muito que lhes custe, são nortenhos e não se pode ser nortenho sem gostar de Braga.Toda a gente tem medo - e com razão - do Sporting de Braga. Há a mania de engraçar com a Académica de Coimbra ou com o Belenenses, mas são amores fáceis, que não fazem medo nem potenciam tragédias.O Sporting de Braga não se presta a essas condescendências simpáticas. É por ser temido que o admiramos. Mais do que genica, tem brio. É uma atitude com que se nasce; não se pode ensinar nem aprender.A primeira vez que fui a Braga já estava à espera de encontrar uma cidade grande e diferente de todas as outras. Mas fiquei siderado. Acho que Braga se dá a conhecer a quem lá entra, sem receios ou desejos de impressionar.A primeira impressão foi a modernidade de Braga - pareceu-me Portugal, mas no futuro. E num futuro feliz. O Porto e Lisboa são mais provincianos do que Braga; tem mais complexos; tem mais manias; tem mais questiúnculas por resolver e mais coisas para provar.Braga fez-me lembrar Milão. É verdade. Eu adoro Milão mas Milão é (mais ou menos) Italiano, enquanto Braga é descaradamente português. Havia muitas motas; muitas luzes; muita alegria; muito à-vontade.Lisboa e Porto digladiam-se; confrontam-se; definem-se por oposição uma à outra. Braga está-se nas tintas. E Coimbra - que é outra cidade feliz de Portugal - também é muito gira, mas não tem o poderio e a prosperidade de Braga.Em Braga, ninguém está preocupado com a afirmação de Braga em Portugal ou no mundo. Braga já era e Braga continua a ser. Sem ir a Roma, só em Braga se compreende o sentido da palavra "Augusta". Em contrapartida, na Rua Augusta, em Lisboa, não há boa vontade que chegue para nos convencer que o adjectivo tenha proveniência romana. A Rua Augusta é "augusta" como a Avenida da Liberdade é da "liberdade" e a Avenida dos Aliados é dos "aliados", mas Braga é augusta no sentido original, conferido pelo próprio Augusto.Em Braga, a questão de se "comer bem" ou "comer mal" não existe. Come- se. E, para se comer, não pode ser mal. Pronto. Em Lisboa, por muito bem que se conheçam os poucos bons restaurantes, está-se sempre à espera de uma desilusãozinha.No Porto, apesar de ser difícil, ainda se consegue arranjar alguma ansiedade de se ser mal servido; de ir a um restaurante desconhecido e, por um cósmico azar, comer menos do que bem. Em Braga isso é impossível. O problema da ansiedade não existe. Braga tem tudo. Passa bem sem nós. Mas nós é que não passamos sem ela, porque os bracarenses ensinam-nos a não perder tempo a medir o comprimento das pilinhas uns dos outros ou a arranjar termómetros de portuguesismo ou de autenticidade.É por isso que o Sporting de Braga está à frente. Não é por se chamar Sporting. Não é por ter cedido o treinador ao Benfica. O Benfica ganhou muito com isso. Mas é o Sporting de Braga que está à frente.É por ser de Braga. É uma coisa que, infelizmente, nem todos nós podemos ser.Fique então apenas a gentileza de ficar aqui dito de ter pena de não ser."

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Como este também é um blog pessoal deixo aqui uma foto da claque Bracara Legion da qual sou sócio há um mês. Força Braga!

"SMS PARA DEUS"

Começou, decorreu e terminou em beleza o passado fim de semana e mais um ACAVERÃO. O tema escolhido para este ano foi "SMS PARA DEUS". E porquê? Porque esta é a “geração do polegar” ou “geração SMS”.
Para os adolescentes e jovens de hoje generalizaram-se os telemóveis e parece que para alguns se tornou um “vício” enviar SMS's.
Assumo que também troco/recebo SMS's. Desde as mais simples…Bom dia…Boa noite…Lembrei-me de ti…. Àquelas que eu gosto mais… reza por mim… entrei na universidade…. Hoje estou triste não queres ligar? E uma de domingo em que pela primeira vez um casal no aniversário do seu casamento enviou um sms ao Padre que os casou para que comungasse a alegria sentida por eles. Gostei muito do gesto e rezei por eles.
Ainda bem que temos estas facilidades de comunicação! Graças a estas "small messages" parece que as conversas nunca acabam e a amizade pode partilhar-se ininterruptamente! A nossa relação com Deus também deveria ter alguma coisa disto… Algo que permanece… Deveríamos permanecer em continuo contacto! Contacto simples mas permanente, sincero e intenso… como as SMS's. Daí o tema do Acantonamento. Foi muito proveitoso a todos os níveis.
E já agora deixo uma pergunta: Hoje já envias-te uma SMS ao Pai do Céu?

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Hoje fui ver o tempo previsto para o fim de semana já que o vou passar junto ao mar. Que boa notícia: a pedra vai estar seca e a sua sombra no chão. Bom fim de semana para todos.

O que Deus não é...

- Negociante: A quem vamos procurar, se recebermos algo em troca.
- Tapa-Buracos: A quem recorremos nos momentos difíceis da vida.
- Legitimador das Injustiças: Em cujas mãos colocamos toda a culpa, quando a situação é difícil.
- Pronto-socorro: A quem buscamos na hora da desgraça, depois tornamos a esquecê-lo.
- Um Policial: Aquele que vive a observar os nossos passos.
- Um vingador: Aquele que castiga sem misericórdia as nossas faltas e fraquezas.
- Um muro das lamentações: Onde podemos pedir, chorar a vida e ficar de braços cruzados, deixando que ele resolva tudo por nós.

Como "matar" a tua Paróquia?

1. Não a frequente, mas quando for lá, procure algo para reclamar. Certamente vai encontrar. Fique de olho. Explore isto.
2. Ao comparecer a qualquer actividade, dedique-se a encontrar falhas nos líderes. Veja se o Padre ou os dirigentes estão fazendo as coisas correctas. Se encontrar falhas fale, espalhe para os outros. Critique de verdade. Agora, quanto às coisas boas que fazem ou dizem, não comente nada, não elogie, fique na sua, em absoluto silêncio.
3. Nunca aceite missão, compromisso ou incumbência alguma; lembre-se que é mais fácil criticar do que realizar.
4. Se o Pároco, o Conselho Económico Paroquial, ou qualquer outra liderança pedir a sua opinião sobre um importante assunto, responda que não tem nada a dizer e depois espalhe como deveriam ser as coisas, na sua "opinião".
5. Não faça mais que o absolutamente necessário; porém, quando o Padre e seus auxiliares estiverem trabalhando com boa vontade e interesse para que tudo corra bem, afirme que a sua Igreja está sendo dirigida e dominada por um grupinho.
6. Não leia os boletins da sua Igreja; afirme que neles não há nada de interessante e que eles deveriam ser diferentes.
7. Se você for convidado para qualquer cargo, simplesmente seja esperto(a) e recuse. Alegue que não tem tempo e depois critique com a seguinte afirmação: "Esse grupo quer sempre mandar na Igreja e eu sou uma pessoa" democrática. Sou diferente deles, eu preocupo-me com os outros e com a Igreja".
8. Quando tiver qualquer problema de relacionamento com o Pároco, ou qualquer líder, procure vingar-se fazendo acusações e divulgando "erros" por eles cometidos. Não será difícil pois essas pessoas estão cheias de falhas humanas.
9. Sugira, insista e exija a realização de cursos, palestras, encontros, reuniões, etc. mas, quando forem realizados, não se inscreva nem compareça.
10. Se receber questionários solicitando sugestões e se o Conselho não "adivinhar" as suas ideias e pontos de vista, critique e espalhe a todos dizendo que você é ignorado e que não lhe dão importância.
11. Após tudo isso, quando a tua Igreja não tiver mais reuniões, boletins, encontros, trabalhos de evangelização, grupos corais, grupos de jovens, catequistas, etc. e etc., de peito inchado e bem alto diga: "Eu não disse que isso ia acontecer?"

Seja simples

Há tempos aprendi mais uma coisa. A meio duma conversa de amigos, um deles ensinou-nos que Kiss, em inglês, quer dizer beijo. Até aí nada de novo, mas pode ter outro significado. Que com um ponto de exclamação no fim quer dizer qualquer coisa como Keep It Simple, Stupid! Ou seja, numa tradução livre, seja simples.
Não há nada mais complicado do que ser simples. É pena, mas é um facto.
A vida não está feita para ser simples todos os dias, mas algumas pessoas exageram. Parecem ter sido especialmente desenhadas para complicar a sua vida e a dos outros.
Muitas vezes somos confrontados com situações inéditas ou adversas e, perante o desconhecido, o primeiro impulso é complicar. Ser pessimista, esperar o pior, tecer dramas e antecipar tragédias é um vício antigo, quase um instinto de sobrevivência. E, em grande parte doa casos, mais nos valia ser simples.
Simplificar a vida passa por ser positivo, ter um sentido construtivo e um olhar mais tolerante. Significa não esperar da vida aquilo que ela nos pode dar e , acima de tudo, valorizar e viver melhor com aquilo que temos.
Ser simples é não mostrar nenhuma presunção de superioridade (intelectual, social ou outras), é dar atenção aos outros, falar com todos da mesma maneira, não ter preconceitos de qualquer espécie, ser educado, contido e estar sempre atento ao essencial. Em resumo, é ser naturalmente solidário.
Podemos ser pessoas simples de várias maneiras. Não é preciso fazer um voto de pobreza para viver com simplicidade. Podemos (e devemos) tirar partido daquilo que possuímos, tendo sempre em conta os sentimentos dos outros.
Ser simples passa por simplificar a vida, mas acima de tudo, por tentar não complicá-la mais do que já é.
De cada vez que assisto a uma conferência, ou oiço uma homilia, ou um discurso político, etc e vejo o conferencista, o padre ou o político alongar-se num interminável e enfadonho monólogo, usando palavras demasiado rebuscadas e, mesmo sem dar conta, desprezando o entendimento de quem os ouve… apetece-me fugir. Ou então levantar-me, pedir-lhe para parar e rebobinar tudo e obrigá-los a ouvir tudo o que disseram como fazem connosco, sem uma pausa ou a mais pálida intenção de serem simples e acessíveis. E quem diz conferencistas, padres e políticos, diz jornalistas, arquitectos, escritores, cineastas e toda a casta de pessoas que parecem particularmente apostadas em complicar aquilo que, afinal, é muito mais simples do que parece.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A paz é a sensação de estar em casa. Ser operadores de paz significa construir relacionamentos serenos e normais. Não é preciso ser político de profissão para o fazer. Todos os dias, cada um de nós pode ajudar a simplificar as coisas, a arredondar as arestas, a atenuar os conflitos. Como seria diferente a nossa sociedade.

Cardeal Carlo Maria Martini

As faltas na catequese

Está prestes a arrncar a catequese. Depois das reuniões com catequistas está tudo pronto. Fico feliz por não ter problemas em ter catequistas. Apenas estou triste por uma que deixou. Dizia-me há dias que não ia continuar por causa de uma discussão no fim do ano transacto de catequese. É que temos a regra das 7 faltas injustificadas. Quem as der não avança de ano. Não é uma questão de ficar para trás por castigo. Mas é para educar catequisandos e pais que a catequese é algo sério. E quem quiser que o filho(a) cresça na fé tem de respeitar as regras. Só que, infelizmente, para muitos pais só interessam as festas, principalmente a Primeira Comunhão (porque é bonita e cheia de sentido) e a Confirmação (para se poder ser padrinho). Um adolescente, de uma das Paróquias, o ano passado teve mais ausências que presenças. Claro que não fez a Profissão de Fé. A mãe (tinha de ser a mãe, porque os pais não querem saber da catequese nem da escola dos filhos, pois isso é coisa para as mulheres) veio "resmungar" comigo. Como não tinha razão e não conseguia defender a sua posição, pois caiam sempre por terra os seus argumentos perante as minhas palavras, foi, posteriormente, afrontar a catequista "que mete tudo no ... do padre". Pretendia, assim, que a catequista omiti-se as faltas do catequisando em causa. A Igreja e concretamente a Paróquia, com este episódio perdeu uma catequista. E isto é que me deixa triste. Porque é que os pais não assumem que não querem a catequese para nada e nem sequer matriculam os filhos para não chatear ninguém? Porque não deixam trabalhar quem gasta o seu tempo a educar e a crescer na Fé os filhos dos outros?
Obrigado a todos(as) os(as) catequistas pelo tempo, disponibilidade e dedicação.
Faço votos de um bom trabalho pastoral.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Hoje só me apetece dizer isto...

NUNCA PEÇAIS AOS PADRES AQUILO QUE ELES NÃO PODEM FAZER...
NUNCA PEÇAIS AOS PADRES AQUILO QUE PODEIS FAZER...

sábado, 19 de setembro de 2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O Político não é Padre

Na azáfama da conquista do protagonismo e da ânsia de mais um voto, há quem diga que falta espaço nos jornais para satisfazer todos os candidatos às eleições que se avizinham. Todos se queixam do mesmo e não há grande volta a dar. Mas o problema não é novo nem é apenas característico à porta de momentos importantes como as eleições.Esta semana li as declarações do padre Federico Lombardi, director da Sala de imprensa da Santa Sé, nas Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais. O sacerdote disse que existem três grupos: “Os amigos que defendem sempre o bispo e a Conferência Episcopal; aqueles que oscilam e têm atitudes intermédias e os que têm uma atitude crítica porque estão inseridos num jornal que transmite informação ideológica e orienta a informação num sentido negativo em relação à Igreja”.Pois bem. Esta ideia pode ser aplicada a qualquer área, embora admita que a Igreja, no seu todo, acaba por ser pouco mimada pelos órgãos de comunicação social, mesmo aqueles que assumem uma linha editorial assente nos valores morais do catolicismo. Fala-se mal, com termos despropositados, dá-se pouco destaque a assuntos importantes, procura- se o passo em falso do padre para criar mais uma novela em torno da sua pastoral. Em suma, a Igreja é pouco querida no seio dos grupos de comunicação, a não ser que um qualquer sacerdote assuma, em público, uma posição 'fora do normal' em relação a temas polémicos, como o aborto, a eutanásia, celibato, etc.. Assim, é-lhe dado todo o tempo do mundo para ele mandar uns 'bitaites' para todos verem, lerem ou ouvirem.Vandalizar ou ignorar, por exemplo em páginas de jornal, a essência da Igreja é um acto de pura irresponsabilidade. Crentes, ou não, todos sabemos o papel que esta tem no equilíbrio da sociedade, os valores morais que transmite, o trabalho social que faz em todos os cantos do mundo ou os princípios que assume. Isto é categórico, não há forma de o negar. Por isso, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga, deveria ter mais tempo de antena, sendo- lhe dado espaço para explicar as linhas orientadoras da Igreja em Portugal, as opiniões face aos diversos temas, inclusive sobre os problemas que assolam o país. Tudo isto, claro, sem entrar em politiquices. Até porque Religião e Política são, na minha opinião, dois conceitos incompatíveis quando praticados ao mesmo tempo. Logo, sou contra os padres que querem ser políticos ou políticos que querem 'parecer' padres. Sim, porque o padre até pode ser político, mas o político, por muito bom que seja, dificilmente chegará a padre.Federico Lombardi falou ainda da necessidade das várias dioceses se organizarem ao nível da comunicação. Se não o fizerem, correrão o risco de não conseguirem transmitir a mensagem pretendida. E neste aspecto, a diocese de Braga tem dado passos importantes, com os vários portais na net, ou os constantes comunicados enviados para as redacções. Mesmo assim, salvo felizes excepções, na cidade dos arcebispos há uma preferência por 'A' ou 'B', em detrimento de 'C'. Até percebo esta lógica de entregar 'exclusivos' aos 'nossos', e deixar a 'palha' para todos os outros. Direi que há uma discriminação lógica. Aceito-a, mas não a compreendo. A Igreja fica a perder se não se conseguir afirmar em todas as frentes da comunicação, mesmo naqueles meios onde a religião não é motivo de destaque diário.Olhando a linha do horizonte no que à comunicação social diz respeito, concluímos que, no futuro, só o que é notícia irá ser noticiado. Tudo o resto, irá preencher as páginas de centenas de revistas cor-de-rosa ou pasquins da terra de ninguém. E se a Igreja e a Política quiserem entrar nesta viagem alucinante do combóio das notícias, têm que mudar muito a sua forma de actuar. Os políticos terão que deixar de entupir os e-mails das redacções com comunicados que não interessam a ninguém. Os sacerdotes, os bispos e todos os que têm papel activo no seio da Igreja têm que passar a perceber/ descobrir a importância dela e colocarem de lado o velho princípio de que sendo um trabalho voluntário não se lhe pode ser exigido profissionalismo. Se a própria Igreja percebesse o valor que tem na vida das pessoas de todo o mundo, chegaria à conclusão que, com todo esse 'poder', nenhum político lhe poderia fazer frente.
Texto de opinião publicado no 'Correio do Minho' de sábado, dia 12 de Setembro, por Ricardo Vasconcelos

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Património

Acabo de subir a Avenida Padre Mário e encontro-me no meu gabinete de trabalho no Centro Social de Moure. Ao passar pelo cruzeiro, que se encontra ao fundo desta avenida, deparei-me com 3 autocaravanas paradas. E para quê? Para tirar fotografias ao cruzeiro. Segui o meu caminho e pensei em tanta gente que nas suas terras passam diariamente por "coisas" tão belas sem lhe dar a
devida importância.
Poderíamos reflectir sobre tanta gente com quem nos cruzamos ou vivemos, pensar em amigos e família (os pais e irmãos) e na importância que eles e elas tem para nós e poderá ficar a cada dia tanta coisa por dizer, tantos beijos e abraços por dar, tantas atitudes por ter. Mas o pensamento que me invadiu foi o
património que temos nas comunidades e que, inúmeras vezes, nem se conhece nem se preserva. Em todas as Comunidades há património riquíssimo. Igrejas, capelas, imagens, cruzeiros, caminhos e paisagens. Vemos na imagem uma foto tirada de Rio Mau, o caminho para a Capela de S. Bartolomeu, em Escariz, S. Mamede e o Eucalipto de Moure. Isto é património, além de tudo o que inumerei. Procuremos cuidar daquilo que nosso para podermos aprtilhar com todos. Da minha parte e no que me compete tudo farei para cumprir os meus deveres e obrigações no que respeita ao preservar o património. Fica este registo para todos reflectirmos.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Lá como cá: precisa-se de Amor e Paz.
Tenho escrito menos porque ando atarefado com a elaboração do Programa Pastoral Paroquial que sairá antes do fim do mês num livrinho em formato A5. Será distribuido por cada família das 3 Paróquias que me estão confiadas.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Amizades

Toda a gente fala muito das amizades. Hoje dou comigo a pensar nas minhas. E ao pensar nelas assusta-me a ligeireza com se fala de amizade e coma facilidade com que se afirma que se faz amigos “do pé para mão”.
Estava a pensar como as nossas relações podem, inconscientemente, ser marcadas por uma estrutural falta de intimidade, de verdade, de transparência. É mais ou menos óbvio que não se pode ter muitos amigos. A Amizade, no verdadeiro sentido do termo, implica tempo, implica investimento, implica abertura, disponibilidade e é humanamente impossível dar tudo isto a muita gente.
Muitas vezes, nas relações que julgamos mais próximas falta-nos verdade, falta-nos mostrar sem medos o que vai dentro, falta mergulhar fundo no outro, falta abrir as portas todas e receber o outro em minha casa, sem medo de mostrar a cama por fazer. Ser amigo dá trabalho, ter amigos dá trabalho. Mas nada é mais construtivo do que uma boa amizade!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar algumas vezes irritado, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo. E posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da tua alma. É agradecer a Deus em cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo-as todas, um dia vou construir um castelo…

Fernando Pessoa

Há gente assim...

Há uma pequena história que conta que certa manhã, uma menina e o seu pai, homem muito sábio, foram dar um passeio pelo bosque. O pai deteve-se numa clareira e depois de um pequeno silêncio perguntou à filha: Além dos pássaros, ouves mais alguma coisa? Apurou os ouvidos durante alguns segundos e respondeu: Oiço um barulho, parece ser de carroça... Isso mesmo! disse o meu pai, é uma carroça vazia. Uma carroça vazia? Perguntou ao seu pai: Como é que sabes que a carroça está vazia, se ainda não a vimos? O pai respondeu. É muito fácil saber que uma carroça está vazia, pelo barulho. Quanto mais vazia a carroça está, mais barulho faz.
Esta menina cresceu, e até hoje, quando vê uma pessoa a falar demais, a gritar, no sentido de intimidar, a tratar os outros com arrogância, a ser prepotente, interrompendo constantemente as conversas, querendo demonstrar que é dono da razão e da verdade absoluta, tem a impressão de ouvir novamente a voz do seu pai a dizer: “Quanto mais vazia a carroça está, mais barulho ela faz…”
Vale a pena pensar nisto...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ingenuidade sã

Na confissão é comum encontrar pessoas cuja geografia do pecado não pode ir mais além da casa que habita e das suas circuntâncias: o curral das ovelhas, o galinheiro, a loja da aldeia onde vai comprar as poucas coisas que precisa e que o campo, que ainda cultiva, não lhe dá. Tenho muitos paroquianos nesta situação, principalmente nas comunidades de Rio Mau e S. Mamede de Escariz.
Não vou cometer nenhuma inconfidência até porque são inúmeras as vezes em que isto acontece nas também inúmeras comunidades que percorro a confessar.
E como a vida com humor fica mais leve partilho algo acontecido por estes dias:
Na confissão parece que o seu maior pecado fora o facto das suas ovelhas terem ido comer as couves da vizinha. Fiquei-me pela tentação. Mas a vontade era a de lhe dizer que mandasse vir o rebanho à Igreja, pois na verdade, se ali alguém tinha pecado tinham sido as ovelhas e elas, sim, deveriam confessar-se! E como penitência… Que tal? Talvez pedir-lhes um queijito com o sabor e o frescor das couves do quintal da vizinha. Santa, aquela velhinha e sã a sua ingenuidade.

intercâmbio com IPSS's na Alemanha

Depois de 4 dias em Colónia, na Alemanha, regressei ontem ao nosso país. E vim carregado. Carregado não só de cerveja e boa disposição, mas carregado, essencialmente, de ideias, de experiências, de progectos, etc. É um país diferente, com uma forma de vida diferente, mas com mitas ideias que assentarão bem no nosso país e cultura. Nas visitas e encontros efectuados aos lares, serviços de Apoio Domiciliário, centros de juventude e creches, mais de que aprender, enriqueci. Há coisas interessantíssimas. A forma como são aproveitadas as águas da chuva que corre nos caleiros é algo que nos ensina muito, bem como a quantidade de paineis solares que fornece energia para o lar e a que não é gasta vendem-na. Outro pormenor que me fascinou foram os quartos com mobília do próprio utente para que ele se sinta em casa (lembro que é uma cultura diferente, tenho dúvidas se cá isso daria resultado). Nos quartos todas as portas são anti-fogo e todos tem um sistema que quando o idosos sai da cama e coloca os pés no chão a luz acende-se.
Relativamente ao apoio domiciliário destaco 3 coisas: na alimentação estamos muito melhores, pois a deles é comida congelada que é aquecida num micro-ondas para posteriormente ser servida. Destaco também o sistema gps que cada carrinha/carro contém que faz com que a directora consiga, sentada ao computador, saber onde está cada carrinha. Por fim destaco que num raio de 50 Km há 6 instituições de serviço domiciliário. Que grande lição para nós, que num raio de 20 Km temos as mesmas (Cervães, Prado, Lage, Parada, Moure e Freiriz). E a grande diferença é que eles tem uma média de 90 utentes cada instituição e nós, no caso de Moure 50, mas há instituições com 20/25 utentes. Não seria melhor haver menos com serviço domiciliário e mais instituições com outros serviços? É que nenhuma das instituições que referi tem, por exemplo, centro de dia.
Confesso que em termos de creche me parece que estamos melhores. Pelo menos a olhar para a creche que vimos.
Muito mais poderia partilhar, mas deixo apenas aqui alguns traços desta viagem para que aqueles que seguem este blog possam aproveitar esta experiência.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Ainda bem que ser Padre não é nada fácil

Não é nada fácil
Pedir fidelidade, pedir compromisso;
Saber exigir mas também saber dar (-se)!

Não é nada fácil…
Manter a serenidade nos dias de tempestade;
Permanecer sorrindo, chorando por dentro.
Não é nada fácil…
Actualizar o Evangelho e buscar caminhos novos;
Carregados pela tradição e por tantas regras.

Não é nada fácil…
Encontrar a resposta certa, para inquietações tão profundas!
Ter explicações... para aquilo que tantas vezes não tem…

Não é nada fácil…
Ser continuo exemplo, permanecendo próximo
Ansiar por ir mais sem desistir do presente.

Pois é… Ainda bem que ser Padre…. Não é nada... mesmo nada fácil!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Que comece o campeonato...

Adoro futebol, transpiro futebol. É um dos meus prazeres. Está quase a começar. Arranca este fim de semana mais um campeonato. Aquilo que desejo é que o que prevaleça não sejam as penalidades mal marcadas ou não assinaladas, as discussões de café mal digeridas, etc, etc. Que prevaleça a belexa do futebol que são os golos. Que o único objectivo sejam as balizaz a atacar ou a defender. Isto é que é essencial. Que impere a correcção.

Superar obstáculos e tempos difícieis

A fortaleza está muito ligada à vontade e ao desejo, ao desejo lúcido, não sentimental, nem ao apetite, o desejo de grandes coisas, o desejo de progredir, o desejo de crescer. Desejo neste sentido é quase sinónimo de vontade, porque a palavra desejo, no seu sentido mais profundo, é esta força interior, consciente e responsável, que me leva a realizar o que quero, a não me deixar vencer, a ser capaz de superar obstáculos e tempos difíceis.

ESCUTO

Escuto mas não sei
Se o que oiço é silêncio
Ou Deus

Escuto sem saber se estou ouvindo
O ressoar das planícies do vazio
Ou a consciência atenta
Que nos confins do universo

Me decifra e fita
Apenas sei que caminho como quem
É olhado amado e conhecido
E por isso em cada gesto ponho
Solenidade e risco

Sophia de Mello Breyner Andersen

Sentimentos

Hoje é este o meu sentimento quando penso em alguns e algumas que nos caem de paraquedas nos cartórios paroquiais. Chega esta altura e querem tudo, mas nunca se dão.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Não peça eu nunca
para me ver livre das dificuldades,
mas coragem para vencê-las.

Não queira eu
que se apaguem as minhas dores,
mas que saiba dominá-las
no meu coração.

Não procure eu amigos
no campo da batalha da vida,
mas ter forças dentro de mim.

Não deseje eu ansiosamente
ser salvo,
mas ter esperança
para conquistar pacientemente
a minha liberdade.

Não seja eu tão cobarde, Senhor,
que deseje a tua misericórdia
no meu triunfo,
mas apertar a tua mão
no meu fracasso!

Tradução livre de Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"

Demontrar debilidades à espera de miminhos


A propósito da postagem "Que padres para este tempo" recebi um reparo de uma pessoa desconhecida. Esse reparo fez-me corrijir um erro nessa postagem. Foi um erro sem intenção de quem escreve aquilo que sente sem, muitas vezes, pensar no retrocesso. Já agradeci o reparo. No entanto nesse mesmo reparo há uma frase que me irritou quando diz que eu espero receber miminhos por demonstrar as minhas debilidades. Tive o cuidado de escrever pessoalmente para essa pessoa que se intitula "Bracara". Provavelmente como esconde quem é também tem tem medo ou receio de mostrar as suas debilidades. Eu não. E quem convive comigo diariamente sabe isso muito bem. Ñão tenho pena em ser débil, em muitas vezes ser fraco. Não tenho pena, porque sou humano e gosto de ser humano. Nunca foi nem será minha intenção fazer deste espaço uma busca de sucesso, de aplausos ou de miminhos. Nunca. Não sou carente a esse ponto. Tenho família e amigos que me mimam por aquilo que sou para eles e que são para mim. Não me mimam pelo que faço. E quem merece aplausos são os cristãos das nossas comunidades que trabalham e ajudam. Cristãos que a troco de muitas dores de cabeça e de muito tempo gasto tornam melhores as nossas comunidades. Esses é que merecem tudo. A esses é que eu tenho de mimar. Eu prefiro viver na sombra e cumprir os meus deveres.
Apenas resolvi deixar aqui esta partilha para o caso de haver mais alguém a pensar o mesmo que o ou a "Bracara".

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Padre... padre... padre...

Ouço vozes a chamar durante todo o dia! Agora neste mês de Agosto muito mais. Depois não sabem (ou não querem saber) que há lugares próprios em dias próprios a a horas marcadas para tratar de algum assunto.
Por vezes irrita-me. Até quando estou a tomar um simples café lá vem o “padre… padre… Hoje dei comigo a pensar… porra, mas é este o meu trabalho. Trabalho? Não. Mas sim Missão. É um ter de estar constantemente, um ouvido presente em qualquer momento ou ocasião... Quantas vezes me procuram não tanto para me ouvir, mas para falar. E não falo, apenas escuto. Sim, escutar... Nós padres temos a tendência de falar e esquecemo-nos de escutar. O mundo não precisa de palavras mas sim de quem escute! Eu gosto de falar, de dialogar, de reflectir os evangelhos. Julgo que todos gostamos de falar sobre aquilo que sabemos ou julgamos saber! Mas ser padre não é apenas falar. A nossa atitude é de escuta! Quando alguém vem ter comigo é porque já fez uma caminhada. Apenas quer então que escute, que perca uns tempos... E é uma correria esta nossa vida... Mas temos de parar, olhar e escutar, para que o mundo não passe por nós e o percamos porque não lhe prestámos atenção!

Que padres para este tempo?!

Deixou o sacerdócio e por estes dias, falavam-me dele assim:
“- Senhor padre eu nunca vi o seu colega em oração pessoal frente ao Santíssimo não me admira!”
Assustou-me esta constatação. Eu se calhar também paro poucas vezes em frente ao Santíssimo… Se calhar também entro demasiadas vezes nas Igrejas pela porta da sacristia e saio, pela mesma porta, mal retiro os paramentos.
Que padres para este tempo?!
É uma pergunta que me coloco constantemente.
Se calhar este tempo apesar de exigir “padres do rally paroquial sacramental não precisa assim tanto deles… se calhar precisa de padres que sejam verdadeiros mestres de oração.

Volta a Portugal erm bicicleta passa em Vila Verde

O concelho de Vila Verde recebe amanhã, quarta-feira 12 de Agosto, mais uma etapa (6ª etapa) da 71ª edição da Volta a Portugal em Bicicleta.

Poderão disfrutar a prova nos seguintes locais/horas:

Covas - 15:09
Ponte sobre o Rio Vade - 15:14
Portela do Vade - 15:17
Prado S. Miguel - 15:22
Pico de Regalados - 15:26
Gême - 15:28
Vila Verde - Rotunda em frente p/ Braga - 15:31
Soutelo - 15:36

Centro Cultural de Moure

Freguesia de Moure inaugura no próximo sábado o Centro Cultural que alberga as sedes da junta de freguesia, rancho folclórico, associação juvenil e escuteiros. Sala convívio e salão polivalente completam o espaço. Programa festivo integra a homenagem aos presidentes de junta que passaram pela freguesia.


O Centro Cultural que acolhe a sede da Junta de Moure é inaugurado no sábado, a partir das 15 horas, na Avenida Padre Mário, em pleno centro da freguesia.
A obra, que arrancou em meados de Junho de 2005, ficou pronta na semana passada, num investimento total que ultrapassou os 800 mil euros.
Depois da bênção e inauguração da obra, marcada para as 15.30 horas, seguem-se as actuações do Rancho Folclórico de S. Martinho de Moure e das danças de salão.

O programa festivo integra ainda “a homenagem a todos os presidentes de junta que passaram pela freguesia”, disse ao ‘Correio do Minho’ o autarca de Moure.
Na ocasião será também homenageado o “grande impulsionador desta obra - o eurodeputado José Manuel Fernande s”, salientou o edil.

O Centro Cultural que orgulha as gentes de Moure integra a sede da junta de freguesia, do rancho folclórico, da associação juvenil e dos escuteiros. Cada um será responsável pelo seu próprio espaço. Paralalamente, o equipamento apresenta uma sala de convívio para idosos, um salão polivalente com capacidade para 600 pessoas.

Para o efeito foi já constituída uma Comissão Cultural e Administrativa que irá gerir os espaços comuns. Com o apoio da câmara, cujo subsídio ultrapassou os 315 mil euros, a obra “já está paga”, garantiu o presidente da junta, lembrando que para poder suportar o restante valor - 500 mil euros - foi criada uma Comissão de Obra que, ao longo dos últimos quatro anos, dinamizou diversas actividades com o intuito de custear as despesas. A junta teve um peso importante na concretização desta obra.
“Neste momento temos tudo pronto”, garantiu o autarca José Sousa, agradecendo “a todos os que ajudaram a erguer este Centro Cultural, designadamente às empresas da freguesia e à população”.
In Correio do Minho

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

9º aniversário de sacerdócio





Os padres ordenados nas dioceses de Braga e Viana do Castelo no ano 2000 cumpriram, na quinta-feira, a segunda parte dos festejos que assinalavam nove anos de sacerdócio. Na semana passada organizaram o encontro os padres da cidade dos arcebispos, num parque radical, com direito a paintball, desta vez foram os do Alto Minho.

O ponto de encontro foi no Seminário de Viana do Castelo, casa que muitos dos membros deste grupo frequentaram enquanto jovens seminaristas. Pe-las 10.30 horas, missa no oratório presidida pelo padre Xavier Amado, com direito a homilia partilhada. Depois, e tal como das outras vezes, uns chutos na bola entre as equipas das duas dioceses. Pelos relatos vindos do grupo de sacerdotes, os de Braga levaram a melhor, como de costume.
Seguiu-se um almoço com direito a estadia na praia de Amorosa durante a tarde. Rumo à residência paroquial de Castelo de Neiva, em Viana, os sacerdotes prepararam o jantar. Sandro Vasconcelos, porta-voz do grupo, voltou a sublinhar a importância deste encontro. 'É sempre bom reunirmo-nos. Por vezes, não é possível juntar todo o grupo porque cada um tem o seu trabalho. Porém, conseguimos cultivar a ideia de que, uma vez por mês, o final de tarde e noite é para juntar os condiscípulos', refere.

Apesar de fazerem o seu trabalho pastoral em pontos das dioceses muito distintos, o jovem sacerdote explica que esse até pode ser um factor enriquecedor para o espírito do encontro. 'Cada um tem as suas histórias, algumas delas até engraçadas, outras nem por isso. Há sempre tema de conversa. A troca de experiências e partilha de materiais de apoio ajuda-nos no trabalho nas nossas comunidades', diz.

Deste grupo de padres ordenados nas dioceses de Braga e Via-na no ano 2000 fazem parte: Cláudio Belo, pároco de Vitorino de Piães, Navió e Poiares (Ponte de Lima); Xavier Amado, de Castelo de Neiva (Viana); António José, de S. João Baptista de Ponte da Barca, Lavradas, Bravães e Nogueira (Ponte da Barca); Carlos Castro: arciprestre de Vila Nova de Cer-veira e pároco das comunidades de Covas, Candemil, Mentrestido e Gondar; Sandro Vasconcelos, de Moure, Rio Mau e S. Mamede de Escariz (Vila Ver-de); Abel Braga, de S. Martinho de Sande e S. Lourenço de Sande (Guimarães); Victor No-gueira, de Cabanelas e S. Martinho de Escariz (V. Verde); Eugénio Dantas, de Campos, No- gueira, Cornes e Sapardos (Cerveira); Victor Rodrigo, padre em Riba d'Ave e Pedome (Vila Nova de Famalicão) e o sacerdote Rui Neiva, de Morreira, Trandeiras e Lamas (Braga).

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A propósito da postagem anterior

Porque não deixarem aqui as vossas brincadeiras de infância?

Brincadeiras da minha infância... onde estão agora?

É tempo de férias. Os emigrantes estão cá. As crianças tem mais tempo, pois não há escola. Mas... onde estão as crianças? Quando saio de casa bem olho para todo lado, mas não as vejo. Hoje dei comigo a fazer esta pergunta e vieram-me à memória as minhas brincadeiras de infância, passadas com o meu irmãos e os amigos da rua. Na nossa infância as crianças andavam na rua, viam-se na rua. As bicicletas rolavam, a bola saltava e ouvia-se golo. Ouviam-se os gritos: "foge...vem tirar-nos a bola". E vinham, porque não havia campos de futebol. O campo era no parque de estacionamento lá da rua aproveitando estar vazio com as pessoas a trabalhar. As balizas era as janelas das garagens ou das caves. De quando em vez lá havia um vidro partido. Mas respeitava-mos toda a gente e todos nos respeitavam. Os nossos pais assumiam as despeas e nós assumia-mos um miminho mais acelarado ou um castigo. Onde hoje é espaço comercial Feira Nova era um campo de milho e passava um riacho. Não faltavam as cabanas e as lutas de fisga de garampos, opondo rua contra rua. Das 8.30h até as 17.30h, interronpendo para o almoço, não faltavamos à chamada. Há noite, com os pais de cada um de nós à janela ou na varanda, lá andavamos nós. Recordo com saudade esse tempos. É interessante como encontravamos forma de ocupar o tempo. Quando chovia inventava-mos brincadeiras. Não havia Playstation, PSP e computador havia um K7 de um menino de uma família mais abastada. Ora... a chover... o que fazer? Ficar em casa? Sim, mas todos juntos: eu, o meu irmão, o Óscar, o Piscas e o cenoura. Vivía-mos todos num apartamento, por isso não seria fácil ocupar o tempo. Mas era. Que os meus pais me perdoem. Aqui estão as briancadeiras lá de casa:
- A mesa da sala era a mesa de ping-pong, com uma vassoura assente em 2 kilos de arroz de cada lado.
- a sanefa (dos cortinados) era o cesto de basquete. Com uma bola de ténis. Era cesto quando a bola passava entre o tecto e a sanefa e caía por trás da cortina.
- o corredor era comprido... dava para de porta a porta jogar aos remates 1 contra 1.
- Nesse tempo o chão dos quartos era de alcatifa (usava-se)... com giz desenhava círculos redondos que eram os buracos para jogar ao berlinda. Quando o berlinde parava dentro do círculo era considerado dentro. O mesmo se passava ao radicional jogo do triângulo. Também era desenhado.
- O nosso bowling era uns exércitos pequeninos que nos ofereciam com carros e tropas. Montava-mos os exército um de cada lado e com o berlinde procurava-mos derrubar o exército adversário
- A sala também servia de campo de futebol. Jogavamos todos contra todos, com uma cadeira em cada esquina a servir de baliza.
Apenas coloco aqui estas brincadeiras porque acho que é interessante a forma como crianças da cidade, dentro dum apartamento inventavam as suas brincadeiras.
Mas o que me levou, hoje a lembrar disto, foi que agora não se vêem as crianças. Divertem-se sozinhas diante dum televisor ou computador. E se estão a perder desligam e começam de novo. Não aprendem a perder. Há tantos direitos que se costuma dizer que as crianças tem. Nesses direitos devia constar que as crianças tem direito a sujar-se; tem direito a partir, pelo menos uma vez na vida, um vidro a jogar futebol; tem direito a chegar esmorrado a casa de ter caído; de andar "à porrada" pelo menos uma vez; de fugir a alguém que quer tirar a bola; de tocar numa campaínha e fugir, pelo menos uma vez na vida; de jogar às prendinhas ou ao bate o pé; de partir qualquer coisa lá em casa com uma bola; de fazer casinhas para brincar às bonecas ou às famílias, de pegar com o irmão e dizer que foi ele etc, etc. Como repararam quando falo de asneiras digo pelo menos uma vez na vida. Eu talvez tenha feito mais do que uma vez. Por favor... deixem as crianças viver a sua infância. Hoje são crianças forçosamente adultas. Façam-nas sair de casa. Deixai que os velhinhos as vejam a brincar lá fora. Para lá dos livros, da Tv, da internet, das consolas há divertimento.
Recordo a minha infância com muita alegria.

Obrigado

Olá a todos. Obrigado pela espera e pelos incentivos que recebi, quer por email, quer pessoalmente, para continuar a "blogar". Nem imaginam como é bom dizerem-me que já sentem saudades e falta das minhas partilhas. Digo isto não por orgulho ou vaidade, mas por sentir que o que tenho partilhado tem sido aproveitado por alguns.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Cheguei de férias dia 18 de Julho, sem gripe. O avião também não caiu. Tenho tido falta de tempo, mas prometo "blogar" brevemente. Fiquem atentos...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Férias...


Pois é, também tenho direito. Vou de férias. Como durante as férias não vou "blogar", isto porque quando vou de férias mudo hábitos, despeço-me por uns dias desejando a todos um bom fim de semana e uma boa semana. Que todos fiquem bem. Vou descansar...

terça-feira, 7 de julho de 2009

A morte... não entendo...

A semana passada fui abalado com a notícia da partida de um jovem da minha idade (34 anos). Não convivia muito com ele, a não ser quando nos encontrava-mos el algum sítio ou nas lides futebolísticas. Foi jogador do clube ao qual presidi durante 4 anos. Não é meu paroquiano, mas se fosse confesso que iria ter dificuldade em partilhar algo, em dizer algo. Estive ontem com um dos seus melhores amigos com quem passou muitas horas nos últimos tempos. Tive dificuldade em dizer algo como certamente muitos também sentiram nesses dias e ainda sentem. Acontece-nos a todos, às vezes ficarmos sem palavras. Sem saber o que dizer. Ficamos como que tolhidos, atados, reféns da nossa fraqueza!
Nesses difíceis momentos também me parece que não são necessárias muitas palavras. Basta a presença! - Estou aqui… A teu lado. Como tu também eu não entendo… contas porém com o meu ombro e as minhas mãos e com a certeza da minha oração! É isto que devemos dizer nessas circunstâncias e são estas as palavras que partilho com quem, neste momento está a viver a dor, a saudade, a revolta...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Coração junto da boca...

Fez esta segunda-feira 8 dias, num encontro de colegas de curso, um deles dizia-me a propósito do meu blogue: "Cuidado com o que dizes no blogue. Podes vir a ter problemas por causa daquilo que escreves". Assimilei este alerta e dei comigo, agora a pensar nesta frase. Isto depois de ter postado o que escrevi anteriormente a propósito do acontecido na última reunião do Clero e após essa reunião. E dou comigo a pensar porque é que não podemos dizer aquilo que sentimos ou pensamos? Será que toda a gente mede até ao limite aquilo que diz, aquilo que faz para que não haja segundas interpretações ou mal entendidos? Parece que precisamos fazer um auto de declarações cada vez que abrimos a boca…
Será que já não há gente genuína que não tenha medo de dizer o que pensa sem esperar banido, isolado, etc?! Será que não temos direito a pensar, de vez em quando, de forma diferente (quiçá errada!) sem que isso nos marque socialmente de forma definitiva? Haverá alguma lei que proíba termos o coração junto da boca?

É impressionante

Na última reunião do Clero de Vila Verde fiquei chateado. Tudo começou quando fui confrontado por um colega mais velho pelo facto de dar a comunhão a uma mulher que não está casada pela Igreja. O espanto foi grande por constatar que sabem mais os Párocos das outras Comunidades da vida dos meus paroquianos do que eu. Sim. Porque para mim foi novidade. Não sabia se era ou não casada pela Igreja. Tinha mais que fazer se tivesse de ir a todos os assentos de quem dou a comunhão para confirmar se estão casados pela Igreja. Vejo ali apenas uma família que vive com dignidade, com duas filhas, uma delas já casada e pela Igreja, e, no caso da senhora, sempre trabalhou na Paróquia e, inclusivé, é coordenadora da Catequese.
Discutimos, mas confesso que não valeu a pena. A Igreja não muda, porque nós não a queremos mudar. Quem somos nós para julgar os outros? Será que não damos a comunhão a gente casada que comunga com menos dignidade? Pedirem-me para dizer a uma pessoa que trabalha na Paróquia, que leva uma vida digna, de quem toda a gente é amiga, para lhe dizer: "tem de deixar de ser catequista e de comungar!" Nunca, mas nunca na minha vida faria ou farei tal coisa.
Qual não foi o meu espanto quando, passados dias, recebi uma carta de um (colega?) padre da zona da Ribeira do Neiva a dizer-me que como comigo vale tudo não passaria mais nenhum atestado de idoneidade (documento a autorizar que alguém se ja padrinho) para as minhas Paróquias. Quero deixar claro, que não podemos confundir o trabalho das pessoas nas Paróquias com a possibilidade de poderem vir a ser padrinhos. Senti-me e sinto-me revoltado. Mas mais revoltado fiquei quando, por curiosidade, fui verificar se a pessoa em causa é ou não casada pela Igreja. Sorri quando vi que é casada... e pela Igreja.
É impressionante. Passamos a vida a julgar-nos uns aos outros! Parece que a nossa existência é para ser vivida na “barra do tribunal” e da constante avaliação de que somos alvos. Habitualmente o tribunal da vida é exigente e ainda mais cego que a justiça dos tribunais judiciais.

Parece impossível, mas foi verdade

Há dias conheci um colega padre, Pároco de 13 Paróquias no concelho de Vimioso. Entre dois dedos de conversa confesso que eu mais parecia um jornalista. A quantidade de perguntas que lhe fiz foi tão grande que grande parte da conversa foram respostas suas à minha curiosidade. É um meio pouco conhecido para mim e as perguntas eram muitas. Tinha curiosidade como se trabalha pastoralmente num meio daqueles. Entre as respostas às minhas perguntas marcou-me um episódio que aconteceu a este colega. Ele é umjovem padre de 30 anos de idade. Ele ainda não era padre… Tinha sido ordenado Diácono havia poucos dias e um amigo padre pediu-lhe que o fosse substituir num funeral pois ele estava ausente da paróquia. Disponibilizou-se e preparou a homilia.
Chegado à Igreja paroquial, diz que entrou timidamente e encontrou apenas duas pessoas no interior da igreja junto dos restos mortais daquela pessoa. Passou por elas e foi para a sacristia paramentar-se.
Quando iniciou a cerimónia, qual não foi o seu espanto que apenas estavam aquelas mesmas duas pessoas.
No final da Missa, veio a saber que aquelas duas pessoas eram da agência funerária e por isso até teve de pegar ao caixão.

No momento em que me contou isto sorrimos os dois e os episódios continuaram. Nem tive tempo para pensar. Chegado às minhas Paróquias dei comigo a pensar muita coisa. Cheguei às 18 horas, porque às 19 horas tinha um funeral em Escariz, S. Mamede. Foi no fim de funeral que pensei neste episódio do funeral. É possível alguém, no dia do seu funeral ter na Missa Exequial o Padre e a Funerária? É. Pergunto-me para onde caminha o homem? Onde está a solidariedade e a oração cristã? Onde vamos parar? VAMOS VER...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Dinheiro = felicidade?

Divulgado a semana passada num estudo, fiquei a saber que 33,6% dos Portugueses vivem com dificuldades para ter o essencial. Este essencial foi conderado a luz, a água, o pão e habitação. A percentagem de 66,3% não tem possibilidades de passar férias no estrangeiro. Até aqui nada de novo. O mesmo estudo revela que 7 em cada 10 portugueses é feliz. O que para mim merece ser destacado é que é revelado que 100% dos suecos tem o essencial e 100% pode gozar férias no estrangeiro. O mais surpreendente é que apenas 3 em cada 10 suecos é feliz.
Face a este números surgem-me dois pensamentos em forma de pergunta:


1. A riqueza é um perigo para a felicidade; o que vive com menos consegue ser mais feliz?


2. Os portugueses contentem-se com pouco; basta uma boa novela e bom futebol?


As resposta fica à vossa consideração. Mas permitam-me que partilhe a experiência vivida esta segunda e terça feira numa aldeia do Concelho de Vimioso (Trás dos Montes). Uma aldeia com pouco mais de 50 casas habitadas por idosos. Reina a tranquilidade e amizade entre todos. Não fecham as potras de casa e onde entra come-se e bebe-se. Tive momentos agradáveis. Confesso que a viola acompanhada por boa comida e boa bebida ajudaram. Fiquei espantado com a alegria e felicidade daquela gente. Sabem viver. Apenas querem que não lhes falte o essencial. "Quem quis mais do que isso emigrou. Só ficamos cá nós". É certo que não podemos viver todos assim. Numa altura de crise e que as famílias começam a ter de reduzir despesas mudando até hábitos de vida, deixo este registo. Podemos ter de ser 1 daqueles 7 portugueses que são felizes mesmo vivendo em dificuldade.

sábado, 27 de junho de 2009

O meu aniversário

Já passaram 2 semanas. Houve muita gente que me ligou ou enviou mensagem por mail, telemóvel ou Hi5. Outros fizeram-no pessoalmente. A todos quero agradecer. Agradecer o fazerem parte da minha vida. Nós somos aquilo que os outros nos fazem. Acredito que outros serão o que são graças aquilo que sou nas suas vidas. O que fazemos na vida uns dos outros... alguma vez nos daremos suficientemente conta da dimensão deste poder de transformar? Algo de nós fica, mas há alturas em que se chega a perceber que alguém não seria a mesma pessoa se não me tivesse conhecido. A minha experiência é esta, de ter conhecido e conhecer pessoas que me fazem diferente, para melhor. E eu ter conhecido e conhecer pessoas que ficaram diferentes, para melhor.
Amigos, família, paroquianos: Agradeçamos o que somos uns para os outros.
Obrigado a todos.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Calma, esforço e delicadeza

No dia a seguir aos meus anos, na Eucaristia em Rio Mau, o Grupo de Jovens tinha preparado uma surpresa. A Paróquia de Rio Mau nunca se esquece do aniversário do Pároco. Não partilho isto para demonstrar o esquecimento de uns e enaltecer a lembrança de outros. Partilho isto, pelo que eles partilharam comigo. Fizeram uma música com letra original. Não contive as lágrimas. É tão bom quando nos amam. Não é um simples gostar. Sei que vindo de quem veio, sentem aquilo que cantaram. E isso tornou aquele momento único na minha vida. De entre palavras que me derreteram destaco aquelas que diziam que as minhas palavras acalmam. Este é o meu papel. Amo a imagem da tempestade que aconte quando Jesus está na barca com os discípulos e ele dorme com a cabeça numa almofada. A vida das pessoas é, muitas vezes, uma correria, um stress, será que os Párocos ainda a devem dificultar mais? A minha experiência e aquilo que partilho poderá ajudar-vos.
Tenho aprendido nas metas que faço na minha vida, a respeitar os ritmos meus e dos outros, sem deixar de ser exigente com aquilo que deve mesmo mudar. Às vezes precisamos de uma paciência quase infinita, normalmente connosco próprios, já que lidamos continuamente com os nossos altos e baixos. Este é o segredo na minha vida pessoal e pastoral. É preciso esforço e delicadeza.