No domingo passado, domingo de ramos, acrescentamos mais um degrau às escadas que estão colocadas nas Igrejas das 3 comunidades. Desta vez foi colocado o degrau da humildade: sinal da humildade de Jesus e convite à nossa própria humildade.
Mas a nossa humildade, inúmeras vezes não tem nada a ver com a de Jesus. Tenho a impressão que muitas vezes a humildade de muitos é vaidade. Eu explico:
Já no tempo de seminário, tendo eu 13, 14 ou 15 anos, recordo-me de o reitor me convidar a ser mais piedoso. E apontou-me alguns exemplos concretos de colegas meus. Mas o que é a piedade? Foi a pergunta que fiz. Perante a resposta fiquei com a sensação, própria de quem é adolescente, que a piedade passava pela forma como me podia vestir e que os outros vissem que eu era piedoso. Mas a piedade é para mostrar? Era a pergunta que faria hoje.
E lembrei-me disto a propósito da humildade. Porque alguns e algumas teimam em a querer mostrar. E quando esta falsa humildade se junta à falsa piedade... fujam. Cuidado com eles e com elas. Eu conheço gente assim. Sei do que falo. Para muitos a humildade, é evidentemente uma forma de vaidade.
É pena que haja uma vaidade na vontade, na ideia de cristianismo, um orgulho de santidade – que anula o seu fundo.
É pena que haja uma vaidade na vontade, na ideia de cristianismo, um orgulho de santidade – que anula o seu fundo.
"É pena que haja uma vaidade na vontade, na ideia de cristianismo, um orgulho de santidade – que anula o seu fundo."
ResponderExcluirSábias palavras!