quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Hoje fui ver o tempo previsto para o fim de semana já que o vou passar junto ao mar. Que boa notícia: a pedra vai estar seca e a sua sombra no chão. Bom fim de semana para todos.

O que Deus não é...

- Negociante: A quem vamos procurar, se recebermos algo em troca.
- Tapa-Buracos: A quem recorremos nos momentos difíceis da vida.
- Legitimador das Injustiças: Em cujas mãos colocamos toda a culpa, quando a situação é difícil.
- Pronto-socorro: A quem buscamos na hora da desgraça, depois tornamos a esquecê-lo.
- Um Policial: Aquele que vive a observar os nossos passos.
- Um vingador: Aquele que castiga sem misericórdia as nossas faltas e fraquezas.
- Um muro das lamentações: Onde podemos pedir, chorar a vida e ficar de braços cruzados, deixando que ele resolva tudo por nós.

Como "matar" a tua Paróquia?

1. Não a frequente, mas quando for lá, procure algo para reclamar. Certamente vai encontrar. Fique de olho. Explore isto.
2. Ao comparecer a qualquer actividade, dedique-se a encontrar falhas nos líderes. Veja se o Padre ou os dirigentes estão fazendo as coisas correctas. Se encontrar falhas fale, espalhe para os outros. Critique de verdade. Agora, quanto às coisas boas que fazem ou dizem, não comente nada, não elogie, fique na sua, em absoluto silêncio.
3. Nunca aceite missão, compromisso ou incumbência alguma; lembre-se que é mais fácil criticar do que realizar.
4. Se o Pároco, o Conselho Económico Paroquial, ou qualquer outra liderança pedir a sua opinião sobre um importante assunto, responda que não tem nada a dizer e depois espalhe como deveriam ser as coisas, na sua "opinião".
5. Não faça mais que o absolutamente necessário; porém, quando o Padre e seus auxiliares estiverem trabalhando com boa vontade e interesse para que tudo corra bem, afirme que a sua Igreja está sendo dirigida e dominada por um grupinho.
6. Não leia os boletins da sua Igreja; afirme que neles não há nada de interessante e que eles deveriam ser diferentes.
7. Se você for convidado para qualquer cargo, simplesmente seja esperto(a) e recuse. Alegue que não tem tempo e depois critique com a seguinte afirmação: "Esse grupo quer sempre mandar na Igreja e eu sou uma pessoa" democrática. Sou diferente deles, eu preocupo-me com os outros e com a Igreja".
8. Quando tiver qualquer problema de relacionamento com o Pároco, ou qualquer líder, procure vingar-se fazendo acusações e divulgando "erros" por eles cometidos. Não será difícil pois essas pessoas estão cheias de falhas humanas.
9. Sugira, insista e exija a realização de cursos, palestras, encontros, reuniões, etc. mas, quando forem realizados, não se inscreva nem compareça.
10. Se receber questionários solicitando sugestões e se o Conselho não "adivinhar" as suas ideias e pontos de vista, critique e espalhe a todos dizendo que você é ignorado e que não lhe dão importância.
11. Após tudo isso, quando a tua Igreja não tiver mais reuniões, boletins, encontros, trabalhos de evangelização, grupos corais, grupos de jovens, catequistas, etc. e etc., de peito inchado e bem alto diga: "Eu não disse que isso ia acontecer?"

Seja simples

Há tempos aprendi mais uma coisa. A meio duma conversa de amigos, um deles ensinou-nos que Kiss, em inglês, quer dizer beijo. Até aí nada de novo, mas pode ter outro significado. Que com um ponto de exclamação no fim quer dizer qualquer coisa como Keep It Simple, Stupid! Ou seja, numa tradução livre, seja simples.
Não há nada mais complicado do que ser simples. É pena, mas é um facto.
A vida não está feita para ser simples todos os dias, mas algumas pessoas exageram. Parecem ter sido especialmente desenhadas para complicar a sua vida e a dos outros.
Muitas vezes somos confrontados com situações inéditas ou adversas e, perante o desconhecido, o primeiro impulso é complicar. Ser pessimista, esperar o pior, tecer dramas e antecipar tragédias é um vício antigo, quase um instinto de sobrevivência. E, em grande parte doa casos, mais nos valia ser simples.
Simplificar a vida passa por ser positivo, ter um sentido construtivo e um olhar mais tolerante. Significa não esperar da vida aquilo que ela nos pode dar e , acima de tudo, valorizar e viver melhor com aquilo que temos.
Ser simples é não mostrar nenhuma presunção de superioridade (intelectual, social ou outras), é dar atenção aos outros, falar com todos da mesma maneira, não ter preconceitos de qualquer espécie, ser educado, contido e estar sempre atento ao essencial. Em resumo, é ser naturalmente solidário.
Podemos ser pessoas simples de várias maneiras. Não é preciso fazer um voto de pobreza para viver com simplicidade. Podemos (e devemos) tirar partido daquilo que possuímos, tendo sempre em conta os sentimentos dos outros.
Ser simples passa por simplificar a vida, mas acima de tudo, por tentar não complicá-la mais do que já é.
De cada vez que assisto a uma conferência, ou oiço uma homilia, ou um discurso político, etc e vejo o conferencista, o padre ou o político alongar-se num interminável e enfadonho monólogo, usando palavras demasiado rebuscadas e, mesmo sem dar conta, desprezando o entendimento de quem os ouve… apetece-me fugir. Ou então levantar-me, pedir-lhe para parar e rebobinar tudo e obrigá-los a ouvir tudo o que disseram como fazem connosco, sem uma pausa ou a mais pálida intenção de serem simples e acessíveis. E quem diz conferencistas, padres e políticos, diz jornalistas, arquitectos, escritores, cineastas e toda a casta de pessoas que parecem particularmente apostadas em complicar aquilo que, afinal, é muito mais simples do que parece.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A paz é a sensação de estar em casa. Ser operadores de paz significa construir relacionamentos serenos e normais. Não é preciso ser político de profissão para o fazer. Todos os dias, cada um de nós pode ajudar a simplificar as coisas, a arredondar as arestas, a atenuar os conflitos. Como seria diferente a nossa sociedade.

Cardeal Carlo Maria Martini

As faltas na catequese

Está prestes a arrncar a catequese. Depois das reuniões com catequistas está tudo pronto. Fico feliz por não ter problemas em ter catequistas. Apenas estou triste por uma que deixou. Dizia-me há dias que não ia continuar por causa de uma discussão no fim do ano transacto de catequese. É que temos a regra das 7 faltas injustificadas. Quem as der não avança de ano. Não é uma questão de ficar para trás por castigo. Mas é para educar catequisandos e pais que a catequese é algo sério. E quem quiser que o filho(a) cresça na fé tem de respeitar as regras. Só que, infelizmente, para muitos pais só interessam as festas, principalmente a Primeira Comunhão (porque é bonita e cheia de sentido) e a Confirmação (para se poder ser padrinho). Um adolescente, de uma das Paróquias, o ano passado teve mais ausências que presenças. Claro que não fez a Profissão de Fé. A mãe (tinha de ser a mãe, porque os pais não querem saber da catequese nem da escola dos filhos, pois isso é coisa para as mulheres) veio "resmungar" comigo. Como não tinha razão e não conseguia defender a sua posição, pois caiam sempre por terra os seus argumentos perante as minhas palavras, foi, posteriormente, afrontar a catequista "que mete tudo no ... do padre". Pretendia, assim, que a catequista omiti-se as faltas do catequisando em causa. A Igreja e concretamente a Paróquia, com este episódio perdeu uma catequista. E isto é que me deixa triste. Porque é que os pais não assumem que não querem a catequese para nada e nem sequer matriculam os filhos para não chatear ninguém? Porque não deixam trabalhar quem gasta o seu tempo a educar e a crescer na Fé os filhos dos outros?
Obrigado a todos(as) os(as) catequistas pelo tempo, disponibilidade e dedicação.
Faço votos de um bom trabalho pastoral.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Hoje só me apetece dizer isto...

NUNCA PEÇAIS AOS PADRES AQUILO QUE ELES NÃO PODEM FAZER...
NUNCA PEÇAIS AOS PADRES AQUILO QUE PODEIS FAZER...

sábado, 19 de setembro de 2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O Político não é Padre

Na azáfama da conquista do protagonismo e da ânsia de mais um voto, há quem diga que falta espaço nos jornais para satisfazer todos os candidatos às eleições que se avizinham. Todos se queixam do mesmo e não há grande volta a dar. Mas o problema não é novo nem é apenas característico à porta de momentos importantes como as eleições.Esta semana li as declarações do padre Federico Lombardi, director da Sala de imprensa da Santa Sé, nas Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais. O sacerdote disse que existem três grupos: “Os amigos que defendem sempre o bispo e a Conferência Episcopal; aqueles que oscilam e têm atitudes intermédias e os que têm uma atitude crítica porque estão inseridos num jornal que transmite informação ideológica e orienta a informação num sentido negativo em relação à Igreja”.Pois bem. Esta ideia pode ser aplicada a qualquer área, embora admita que a Igreja, no seu todo, acaba por ser pouco mimada pelos órgãos de comunicação social, mesmo aqueles que assumem uma linha editorial assente nos valores morais do catolicismo. Fala-se mal, com termos despropositados, dá-se pouco destaque a assuntos importantes, procura- se o passo em falso do padre para criar mais uma novela em torno da sua pastoral. Em suma, a Igreja é pouco querida no seio dos grupos de comunicação, a não ser que um qualquer sacerdote assuma, em público, uma posição 'fora do normal' em relação a temas polémicos, como o aborto, a eutanásia, celibato, etc.. Assim, é-lhe dado todo o tempo do mundo para ele mandar uns 'bitaites' para todos verem, lerem ou ouvirem.Vandalizar ou ignorar, por exemplo em páginas de jornal, a essência da Igreja é um acto de pura irresponsabilidade. Crentes, ou não, todos sabemos o papel que esta tem no equilíbrio da sociedade, os valores morais que transmite, o trabalho social que faz em todos os cantos do mundo ou os princípios que assume. Isto é categórico, não há forma de o negar. Por isso, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga, deveria ter mais tempo de antena, sendo- lhe dado espaço para explicar as linhas orientadoras da Igreja em Portugal, as opiniões face aos diversos temas, inclusive sobre os problemas que assolam o país. Tudo isto, claro, sem entrar em politiquices. Até porque Religião e Política são, na minha opinião, dois conceitos incompatíveis quando praticados ao mesmo tempo. Logo, sou contra os padres que querem ser políticos ou políticos que querem 'parecer' padres. Sim, porque o padre até pode ser político, mas o político, por muito bom que seja, dificilmente chegará a padre.Federico Lombardi falou ainda da necessidade das várias dioceses se organizarem ao nível da comunicação. Se não o fizerem, correrão o risco de não conseguirem transmitir a mensagem pretendida. E neste aspecto, a diocese de Braga tem dado passos importantes, com os vários portais na net, ou os constantes comunicados enviados para as redacções. Mesmo assim, salvo felizes excepções, na cidade dos arcebispos há uma preferência por 'A' ou 'B', em detrimento de 'C'. Até percebo esta lógica de entregar 'exclusivos' aos 'nossos', e deixar a 'palha' para todos os outros. Direi que há uma discriminação lógica. Aceito-a, mas não a compreendo. A Igreja fica a perder se não se conseguir afirmar em todas as frentes da comunicação, mesmo naqueles meios onde a religião não é motivo de destaque diário.Olhando a linha do horizonte no que à comunicação social diz respeito, concluímos que, no futuro, só o que é notícia irá ser noticiado. Tudo o resto, irá preencher as páginas de centenas de revistas cor-de-rosa ou pasquins da terra de ninguém. E se a Igreja e a Política quiserem entrar nesta viagem alucinante do combóio das notícias, têm que mudar muito a sua forma de actuar. Os políticos terão que deixar de entupir os e-mails das redacções com comunicados que não interessam a ninguém. Os sacerdotes, os bispos e todos os que têm papel activo no seio da Igreja têm que passar a perceber/ descobrir a importância dela e colocarem de lado o velho princípio de que sendo um trabalho voluntário não se lhe pode ser exigido profissionalismo. Se a própria Igreja percebesse o valor que tem na vida das pessoas de todo o mundo, chegaria à conclusão que, com todo esse 'poder', nenhum político lhe poderia fazer frente.
Texto de opinião publicado no 'Correio do Minho' de sábado, dia 12 de Setembro, por Ricardo Vasconcelos

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Património

Acabo de subir a Avenida Padre Mário e encontro-me no meu gabinete de trabalho no Centro Social de Moure. Ao passar pelo cruzeiro, que se encontra ao fundo desta avenida, deparei-me com 3 autocaravanas paradas. E para quê? Para tirar fotografias ao cruzeiro. Segui o meu caminho e pensei em tanta gente que nas suas terras passam diariamente por "coisas" tão belas sem lhe dar a
devida importância.
Poderíamos reflectir sobre tanta gente com quem nos cruzamos ou vivemos, pensar em amigos e família (os pais e irmãos) e na importância que eles e elas tem para nós e poderá ficar a cada dia tanta coisa por dizer, tantos beijos e abraços por dar, tantas atitudes por ter. Mas o pensamento que me invadiu foi o
património que temos nas comunidades e que, inúmeras vezes, nem se conhece nem se preserva. Em todas as Comunidades há património riquíssimo. Igrejas, capelas, imagens, cruzeiros, caminhos e paisagens. Vemos na imagem uma foto tirada de Rio Mau, o caminho para a Capela de S. Bartolomeu, em Escariz, S. Mamede e o Eucalipto de Moure. Isto é património, além de tudo o que inumerei. Procuremos cuidar daquilo que nosso para podermos aprtilhar com todos. Da minha parte e no que me compete tudo farei para cumprir os meus deveres e obrigações no que respeita ao preservar o património. Fica este registo para todos reflectirmos.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Lá como cá: precisa-se de Amor e Paz.
Tenho escrito menos porque ando atarefado com a elaboração do Programa Pastoral Paroquial que sairá antes do fim do mês num livrinho em formato A5. Será distribuido por cada família das 3 Paróquias que me estão confiadas.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Amizades

Toda a gente fala muito das amizades. Hoje dou comigo a pensar nas minhas. E ao pensar nelas assusta-me a ligeireza com se fala de amizade e coma facilidade com que se afirma que se faz amigos “do pé para mão”.
Estava a pensar como as nossas relações podem, inconscientemente, ser marcadas por uma estrutural falta de intimidade, de verdade, de transparência. É mais ou menos óbvio que não se pode ter muitos amigos. A Amizade, no verdadeiro sentido do termo, implica tempo, implica investimento, implica abertura, disponibilidade e é humanamente impossível dar tudo isto a muita gente.
Muitas vezes, nas relações que julgamos mais próximas falta-nos verdade, falta-nos mostrar sem medos o que vai dentro, falta mergulhar fundo no outro, falta abrir as portas todas e receber o outro em minha casa, sem medo de mostrar a cama por fazer. Ser amigo dá trabalho, ter amigos dá trabalho. Mas nada é mais construtivo do que uma boa amizade!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar algumas vezes irritado, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo. E posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da tua alma. É agradecer a Deus em cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo-as todas, um dia vou construir um castelo…

Fernando Pessoa

Há gente assim...

Há uma pequena história que conta que certa manhã, uma menina e o seu pai, homem muito sábio, foram dar um passeio pelo bosque. O pai deteve-se numa clareira e depois de um pequeno silêncio perguntou à filha: Além dos pássaros, ouves mais alguma coisa? Apurou os ouvidos durante alguns segundos e respondeu: Oiço um barulho, parece ser de carroça... Isso mesmo! disse o meu pai, é uma carroça vazia. Uma carroça vazia? Perguntou ao seu pai: Como é que sabes que a carroça está vazia, se ainda não a vimos? O pai respondeu. É muito fácil saber que uma carroça está vazia, pelo barulho. Quanto mais vazia a carroça está, mais barulho faz.
Esta menina cresceu, e até hoje, quando vê uma pessoa a falar demais, a gritar, no sentido de intimidar, a tratar os outros com arrogância, a ser prepotente, interrompendo constantemente as conversas, querendo demonstrar que é dono da razão e da verdade absoluta, tem a impressão de ouvir novamente a voz do seu pai a dizer: “Quanto mais vazia a carroça está, mais barulho ela faz…”
Vale a pena pensar nisto...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ingenuidade sã

Na confissão é comum encontrar pessoas cuja geografia do pecado não pode ir mais além da casa que habita e das suas circuntâncias: o curral das ovelhas, o galinheiro, a loja da aldeia onde vai comprar as poucas coisas que precisa e que o campo, que ainda cultiva, não lhe dá. Tenho muitos paroquianos nesta situação, principalmente nas comunidades de Rio Mau e S. Mamede de Escariz.
Não vou cometer nenhuma inconfidência até porque são inúmeras as vezes em que isto acontece nas também inúmeras comunidades que percorro a confessar.
E como a vida com humor fica mais leve partilho algo acontecido por estes dias:
Na confissão parece que o seu maior pecado fora o facto das suas ovelhas terem ido comer as couves da vizinha. Fiquei-me pela tentação. Mas a vontade era a de lhe dizer que mandasse vir o rebanho à Igreja, pois na verdade, se ali alguém tinha pecado tinham sido as ovelhas e elas, sim, deveriam confessar-se! E como penitência… Que tal? Talvez pedir-lhes um queijito com o sabor e o frescor das couves do quintal da vizinha. Santa, aquela velhinha e sã a sua ingenuidade.

intercâmbio com IPSS's na Alemanha

Depois de 4 dias em Colónia, na Alemanha, regressei ontem ao nosso país. E vim carregado. Carregado não só de cerveja e boa disposição, mas carregado, essencialmente, de ideias, de experiências, de progectos, etc. É um país diferente, com uma forma de vida diferente, mas com mitas ideias que assentarão bem no nosso país e cultura. Nas visitas e encontros efectuados aos lares, serviços de Apoio Domiciliário, centros de juventude e creches, mais de que aprender, enriqueci. Há coisas interessantíssimas. A forma como são aproveitadas as águas da chuva que corre nos caleiros é algo que nos ensina muito, bem como a quantidade de paineis solares que fornece energia para o lar e a que não é gasta vendem-na. Outro pormenor que me fascinou foram os quartos com mobília do próprio utente para que ele se sinta em casa (lembro que é uma cultura diferente, tenho dúvidas se cá isso daria resultado). Nos quartos todas as portas são anti-fogo e todos tem um sistema que quando o idosos sai da cama e coloca os pés no chão a luz acende-se.
Relativamente ao apoio domiciliário destaco 3 coisas: na alimentação estamos muito melhores, pois a deles é comida congelada que é aquecida num micro-ondas para posteriormente ser servida. Destaco também o sistema gps que cada carrinha/carro contém que faz com que a directora consiga, sentada ao computador, saber onde está cada carrinha. Por fim destaco que num raio de 50 Km há 6 instituições de serviço domiciliário. Que grande lição para nós, que num raio de 20 Km temos as mesmas (Cervães, Prado, Lage, Parada, Moure e Freiriz). E a grande diferença é que eles tem uma média de 90 utentes cada instituição e nós, no caso de Moure 50, mas há instituições com 20/25 utentes. Não seria melhor haver menos com serviço domiciliário e mais instituições com outros serviços? É que nenhuma das instituições que referi tem, por exemplo, centro de dia.
Confesso que em termos de creche me parece que estamos melhores. Pelo menos a olhar para a creche que vimos.
Muito mais poderia partilhar, mas deixo apenas aqui alguns traços desta viagem para que aqueles que seguem este blog possam aproveitar esta experiência.