Há pessoas na nossa vida que passam pelos mais variados motivos. E, de quando em vez, aparecem-nos do nada como que colocadas mesmo ali à nossa frente, parecendo que de propósito. Ainda no Domingo partilhava com as Comunidades que me estão confiadas que é preciso estarmos atentos aquilo que temos e que somos e com isso louvar a Deus. E louvá-lo por tanta gente que Ele coloca na nossa vida e que são tão importantes e nós, muitas vezes, não damos o devido valor e, quem sabe, nunca agradecemos a Deus por essa gente que nos ajuda a ser quem somos. Aproveitando a folga semanal, andava, ontem, às compras numa superfície comercial de Braga quando me encontro com uma paroquiana, agora residente em Braga. Perguntei-lhe pelo marido e pelo filho de 3 anos de idade e convidou-me para passar lá em casa para ver a família e pôr a conversa em dia. Disse-lhe que depois ligava. Lá veio o depois. É sempre, ou quase sempre, depois... Nisto ela interrompe-me que tem uma religiosa muito amiga, chamada Irmã Angélica, e que andava há muito para passar no lar onde ela está para mostrar o seu filho e visitá-la. Este Domingo, depois do almoço comentou em casa que ia visitar a Irmã Angélica. Qual não foi o seu espanto quando lhe dizem que ela tinha sido sepultada há 1 mês. Ouvi e ouvi. Arrependi-me do "depois" que lhe tinha dado minutos atrás. E nos minutos seguintes após me ter despedido dela pensei no que ela me tinha dito e nos "depois" que damos tantas vezes e a tanta gente. Quantas visitas estão por fazer, quantos cafés estão por tomar, quantas conversas estão por acontecer, quantos passeios estão por dar e, pior ainda, quantos desabafos e conselhos ficaram por dar a quem precisava de mim?! Vou continuar a pensar nisto e é agora, não é depois.
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