quinta-feira, 2 de julho de 2009

Coração junto da boca...

Fez esta segunda-feira 8 dias, num encontro de colegas de curso, um deles dizia-me a propósito do meu blogue: "Cuidado com o que dizes no blogue. Podes vir a ter problemas por causa daquilo que escreves". Assimilei este alerta e dei comigo, agora a pensar nesta frase. Isto depois de ter postado o que escrevi anteriormente a propósito do acontecido na última reunião do Clero e após essa reunião. E dou comigo a pensar porque é que não podemos dizer aquilo que sentimos ou pensamos? Será que toda a gente mede até ao limite aquilo que diz, aquilo que faz para que não haja segundas interpretações ou mal entendidos? Parece que precisamos fazer um auto de declarações cada vez que abrimos a boca…
Será que já não há gente genuína que não tenha medo de dizer o que pensa sem esperar banido, isolado, etc?! Será que não temos direito a pensar, de vez em quando, de forma diferente (quiçá errada!) sem que isso nos marque socialmente de forma definitiva? Haverá alguma lei que proíba termos o coração junto da boca?

3 comentários:

  1. Continue a ser autêntico, Padre! É isso que os seus paroquianos esperam de si:) Não espere é que o caminho esteja sempre desimpedido...
    Maria Ponces

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  2. Maria não Ponces que eu quero o facilitismo (desculpe a brincadeira). Aliás o mais fácil era calar-me. O mais difícil confesso que não é falar. É o que vem depois. Mas ainda bem que somos assim e pensamos da mesma forma.
    Agarre um beijo.

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  3. Infelizmente é verdade que quase precisámos de um "auto de declarações" sempre que falamos. Muitas vezes parece que decoram as nossas falas para mais tarde nos "atirarem" isso à cara.
    Digo que é preciso coragem quando as nossas ideias são mais divergentes e abrangentes.
    Conselho para todos: Não sejam tão rígidos!! Aceitem as diferenças!!

    Beijos e abraços

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