Mamã:
Desde cedo começaste a imaginar-me, muito antes de nascer...
Passaste a viver em função de mim e do Ricardo, mesmo antes de veres o nosso rosto. Carregaste-nos durante nove meses na barriga (o que não deve ter custado! Acredita que agora com o meu peso custava-te muito mais!) e depois, a vida inteira no coração.
Muitas vezes não faço aquilo que tu queres... e tu...escutas, observas e deixas-te estar. Tudo perdoas. Tudo desculpas. Em tudo acreditas. És das pessoas mais fantásticas que conheço... Aliás... as mães são sempre as maiores!
Obrigado!!!
Mesmo sendo algo mais pessoal, partilho isto que vai ser lido pela minha mãe, mas também por quem quiser.
Obrigada pela partilha padre Sandro, mãe na terra só há uma. Nunca é demais o amor, o mimo, o tempo que estamos com ela .
ResponderExcluire a alegria que ela sente no seu coração, mesmo que às vezes se queira mostrar mais dura. Eu infelizmente já não tenho a minha o Senhor chamou-a há cerca de dois anos, e tenho muitas saudades. Que o Senhor a tenha no seu seio.
Maria
Lindas as palavras que escreve a uma mãe, cada dia que passa conheço mais um pedacinho do sentimento da paravra MÃE.
ResponderExcluirParabéns
Olá padre Sandro.Eu ainda tenho mãe e com a belissima idade de 82 anos, e o que se passa é que, sou sincera, não faço o que devia fazer por ela, e o que me deixa mais triste é saber o que se pensa hoje em dia sobre a velhiçe, eu tenho formação em geriatria, e não exerço a profissão de cuidadora, considerando-me por isso, uma inútil,a verdade, é que não consigo fazer nada pela minha mãe, nem por ninguem ! só queria ser forte e saber como fazer para acabar com o sofrimento e as injustiças que provocamos diáriamente aos nossos bilhetes de identidade mais velhos, e já agora partilho o meu exemplo pessoal e familiar connvosco, eu e os meus irmãos não estamos a ser bons filhos, é que no caso da minha mãe,ela está num lar para mim considerado o melhor de Braga, e não que seja maltratada nada disso pelo contrário, mas só sei que lhe falta a família, e por isso não temos desculpa eu sou contra, sinto uma impotência e um vazio tão grande doi mesmo muito, mas pronto por culpa de alguem está nesta situação, a minha mãe teve doze filhos! é inconcebivél não é ? eu só queria voltar ao passado era tão bom, e fazer como as famílias tradicionais faziam os avós criavam os netos, e os filhos cuidavam dos pais, não os metiam em lares é triste não é ?! estas moderniçes que não tem sentido, eu podia dizer que sou boa filha mas estava a mentir a mim mesma, e isso eu não faço, considere isto como um desabafo padre, tb sou mãe de três filhos e sei bem qual o sentimento que nos une a um filho, não deixando porém de perguntar a mim mesmo muitas vezes se foi, e se sou boa mãe para os meus filhos, e só os querendo ver felizes. Obrigado pela partilha foi lindo o que escreveu sobre as mães era tão bom que houvesse mudanças e começassemos a olhar para as pessoas de idade avançada com outros olhos! a começar por mim.Beijinhooooooooos para todas as mães e para si padre Sandro.
ResponderExcluirMinha senhora,
ResponderExcluirNão é a primeira nem infelizmente a última que se sente culpada, vivo em Lisboa e os meus pais viviam em Évora. Não queriam ir para o lar, mas velhinhos como estavam já não se bastavam a si próprios, tinham apenas o apoio limitado do centro de dia. A minha mãe cegou e foi para o lar sem saber. Entrou em depressão, nunca mais comeu, bebeu ou tomou remédios, entregou-se totalmente, passou 3 meses de hospital em hospitalaté falecer. Agora veja como eu me senti, não há palavras para descrever. O meu pai também não quis ir para um lar. Frágil e velhinho, foi encontrado morto em casa depois de ter tido uma queda da qual não se conseguiu levantar. Morreu 7 meses depois da minha mãe. Não é possível humanamente descrever a dor. Fiquei com uma depressão da qual ainda não me curei e já passaram vários meses. Ainda hoje não consigo lidar com esta angústia e dor.
Que o Senhor a abençõe e mesmo no lar mime a sua mãe enquanto puder. Os meus pais morreram ambos lúcidos e conscientes. Isso é que dói mais.
Muita paz e muita luz
Maria
Agredeço todas as palavras de apreço que me enviaram ,mas permitam que me dirija de forma particular a duas pessoas que não conheço mas que são seguidoras deste blog: a TMMMS e a Maria. Ninguém se deve sentir culpado por não ter condições de cuidar dos pais. Provavelmente a culpada é a nossa sociedade e os nossos governos que não criam condições nem apoios para que os filhos fiquem em casa a cuidar dos deus pais. Sou da opinião que a Segurança Social em vez de dar subsídios às instituições por cada utente deviam dar à família do utente para que cuidasse dele. Mas também entendo que teriam de averiguar se a família cuidaria bem ou não do idoso. Por isso, o sentimento de culpa não deve existir. Os lares, sou presidente de um, são bons e na maioria dos casos são o melhor lugar para os idosos. Não é fácil arrancá-los de suas casas, mas depois apaixonam-se pelas pessoas e pela "casa nova". O que mal, muitas vezes, é quando os lares são depósitos de idosos. Depositam-nos e não querem saber mais deles, ou apenas os visitam longe a longe só para não dizer que abandonaram os pais. Normalmente essas visitas são muito rápidas. Certamente não foi isso que aconteceu com os vossos pais. TMMMS, se a sua mãe é bem tratada e recebe a visita dos filhos, se se sente amada é feliz e está feliz. Maria, O que aconteceu à sua mãe poderia ter acontecido na sua própria casa. Quanto ao seu pai estava onde sempre quis estar: em sua casa. A minha avó também morreu sozinha em sua casa, mas tenho a firme certeza que estava feliz. Tirem dos vossos ombros esse peso, porque ele é inútil, desnecessário e sem sentido. Rezarei por vós.
ResponderExcluirObrigado Srº Padre, pelo seu testemunho, e pela força, acredite que as suas palavras deram-me mais um bocado de ânimo. Deus queira, que tudo melhor.Agradeço tb à Maria, e que Deus Pai todo poderoso a ajude a esqueçer todo o sentimento de culpa. Eu vou estar mais atenta a todos os sinais e tentar sempre dar o meu melhor com a ajuda, e o poder de Deus Nosso Senhor. Paz e bem.
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