segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A Chuva

Chover copiosamente é uma expressão magnífica e reconfortante, sobretudo quando se atravessa um longo período de seca.
Mas entre nós, chover copiosamente não é magnífico nem reconfortante. É, antes, uma chatice e descobre esta forma piegas, trágica mesmo, com que lidamos com a chuva. Já agora, com o frio. Frio e chuva, então, é o apocalipse. E a tragédia abateu-se ontem sobre nós. Choveu a cântaros, e foi o suficiente para eu, antes de sair de manhã para as Missas, desengavetar a minha parka cor de laranja da Throttleman. O mais engraçado do dia de ontem foi apreciar a expressão verdadeiramente trágica das pessoas a entrar nos restaurantes, a circularem apressadamente
dos carros para a Igreja, e vice versa, a comentarem esta "chuva horrorosa", "que horror não se pode andar na rua".
Entretanto, hoje, leio o Correio do Minho, e vejo o estado caótico em ficou ontem a minha cidade de Braga. É engraçado que na cidade basta chover uns litrito de água seguida e é só inundações. Mas tenham paciência... as inundações de ontem foram boas. É que as primeiras chuvadas de Outono e enxurradas limpam a ruas, pois arrastam beatas, papeis, cocós de cão, pó, escarros secos e folhas para as sarjetas. E o que limpa as sarjetas? Cá está... são as inundações. O lado positivo daquilo que se passou ontem.
Para quem tem medo da chuva e do frio o melhor, mesmo, é tomar uns chás de limão com mel e uns benurons, porem um casaquinho e mais um cobertor na cama. Bom Outono.

Nenhum comentário:

Postar um comentário