quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ratazanas nas Igrejas de Escariz, S. Mamede e de Rio Mau

Cuidado. Há ratazanas nas Igreja de Rio Mau e de S. Mamede de Escariz. Quando nós estamos na Igreja, elas escondem-se, mas estão lá. Quando não está ninguém na Igreja elas aparecem. Só assim consigo entender o facto de haver alguém nestas paróquias que tentem chatear os outros e, pior, causar prejuizos há Comunidade. Em Rio Mau bricam com o som. Chego ao Domingo para celebrar e os botões do amplificador estão todos trocados. Mas já memorizei a posição de cada botão, por isso nem estou para me chatear. Em Escariz, S. Mamede foi pior. No Domingo, na Missa, não falei... berrei. Não tinha som. Porquê? Amplificador avariado. Acreditem que cheguei ao fim da Eucaristia esgotado. E ainda tinha outra. Hoje, às 10 horas, ligam-me os técnicos a dizer que estavam na Igreja e que o amplificador estava como um aquário, cheio de água. E meus amigos: lá não chove, o aparelho está por trás da tribuna, um lugar que ninguém tem de ir. Ou seja, despejaram água por cima do dito aparelho. Resultado? Vamos ver se a garantia paga. Partilho isto com tristeza e com revolta. Ainda vai gente há Igreja que podia ficar na cama ao domingo de manhã, ou então ir passear com a família e deixar em paz quem quer celebrar e formar verdadeiras comunidades cristãs. Sei que como Comunidades temos defeitos, mas há gente que ainda nos torna piores. Mas arranjei uma ratoeira para essas ratazanas de Igreja: a indiferença e a Oração. Indiferença aos actos praticados, porque não vou estragar o bom ambiente e o clima de paz das Paróquias por causa dessa gente e dum amplificador ou por descontrolarem o som. A Oração, porque já rezei por eles ou elas. Não que merecessem, mas como sou Padre... tenho de dar o exemplo. Prometo uma coisa às Comunidades de Rio Mau e de Escariz, S.Mamede: podem estar descansadas que não vos vou estragar o Domingo ou a semana. Nas Missas de Domingo há algo muito mais importante para falar: A PALAVRA DE DEUS. É disso que vamos falar, é isso que vamos cantar e sairemos de lá todos muito felizes e a rir. Inclusivé as ratazanas. Prometo.

2 comentários:

  1. Este tipo de artigos entristecem-me por duas razões.
    Primeiro, porque defendo que é preciso uma certa motivação e dedicação para estar presente (e activo) na missa dominical. Eu no meu caso, admito não ser o mais dedicado a essa causa. Umas vezes vou, outras não. No entanto, quando vou, fico até ao fim. E com a maior das prontidões.
    Por vezes desagrada-me o facto de ouvir, durante a missa dominical, criticas para com os ausentes (aqueles que por preguiça, falta de vontade, cansaço, trabalho, optam por não se deixarem invadir pela graça divina). Antes de mais, porque quando o ouço, estou presente. E se estou presente, não foi para me deixar invadir por palavras negativas. Não me julgo exigente, mas confesso ser adepto de uma eucaristia dominical repleta de palavras meigas, motivadoras, inspiradoras, etc... Eis o segredo da energia que me desperta e me expulsa da cama, 1 ou 2 vezes por mês.
    Penso que na minha maneira de pensar, vou ao encontro do senhor padre, quando insinua que alguns deveriam ficar em casa. Também me acontece de vez em quando.
    Sempre tive receio daqueles que rezam por rezar, se levantam todos os domingos por levantar, que comungam por comungar. No meu entender, essas coisas não se fazem ao acaso nem para “fazer ver”.
    Conheço pessoalmente um padre que defende que todas as famílias deveriam ter um representante na missa dominical. Essa ideia agradou-me e eu sirvo-me dela várias vezes.
    Aproveito outra das suas citações para me defender aquando da confrontação com o “ser ou não ser católico não praticante”. Segundo ele, ou se é ou não se é católico. E nesse aspecto eu tanto me sinto católico no dia em que vou à missa, tal como no dia em que me deixo invadir pela dita preguiça. Independentemente de “ir ou não ir”, procuro ser bom para com o próximo. Oxalá todos os que presenteiam as eucaristias pudessem dizer o mesmo.

    A outra razão que me entristece neste desabafo, é o facto de ver o nome da minha querida freguesia, aquela onde cresci até aos meus 14 anos, aquela que procuro visitar ao menos 2 vezes por ano, aquela que me viu partir para as terras longínquas do Luxemburgo em Junho de 2006, exposta ao mundo de maneira desprezível.
    Se ao inicio da minha leitura, me deixei invadir pela imaginação ao ponto de imaginar os pequenos ruidosos e roedores a baloiçar nos botões e a roer a membrana do amplificador, pouco faltou para os personificar e associar aos recentemente evocados que presenteiam todas as eucaristias dominicais.
    Muitas explicações poderiam surgir para esse caso aparente de vandalismo. Um vaso furado, uma limpeza em profundidade, uma partida infantil, uma força metafísica, etc..., ou então algum acto de uma pessoa inconformada, vitima de algum tipo de opressão, angustiada com Deus ou directamente com o Senhor padre. Alguém que sem ter a devida coragem, recorreu a actos menos correctos para dar a entender que algo não esteja a ser do seu agrado.
    No meu entender estamos perante um caso interno à freguesia, directamente ligado a algum dos seus 395 habitantes e ao seu profundo estado de espírito. Salvo erro da minha parte, a resolução do dito caso, não se fará na blogosfera.
    O meu desabafo, não deve ser entendido como uma critica, mas como o ponto de vista de alguém que teria todo o prazer de se encontrar consigo, para partilhar este e outros pareceres pessoais.
    Tive o prazer de o cruzar no Estádio do Paris Saint-Germain aquando do encontro com o Sporting Clube de Braga. Se estiver disposto, deixo desde já o meu convite para um almoço logo que eu regresse à minha terra natal.

    ResponderExcluir
  2. Ricardo, antes de mais agradeço a leitura e a participação, bem como o convite para um almoço. Será do meu agrado. Quanto ao que partilhas quero começo por te chamar à atenção para o nome dete blog :comunidades e eu. É um blog pessoal e das Paróquias que me estão confiadas. Nele falo de mim de das comunidades. Quem me conhece sabe que sou frontal e que não tenho medo de dizer o que penso e sinto, seja para o bem ou para o mal. Quando me dispus a criar este blog a minha primeira intenção foi criar um espaço de partilha e servir-me dele para fazer pastoral. E tenho conseguido. No caso concreto deste post é facilmente perceptível que apenas o escrevi, porque não falei dele nas Missas. Nunca me servirei do altar para defender quem quer que seja muito menos atacar quem quer que seja. Eu disse-o nesta postagem. Isto já foi em Abril e já está tudo calmo, mas o que é certo é que na semana após ter escrito isto, este texto já circulava nas mãos das pessoas e serviu para aquilo que eu queria. Mas isto serve também para dizer que com as coisas boas acontece o mesmo. Continua leitor assíduo deste blog que também é teu.
    Um abraço
    Padre Sandro
    E viva o líder SCBraga...

    ResponderExcluir