quarta-feira, 7 de julho de 2010

Festas nas Comunidades: aí vem elas...

Começa este fim de semana a 1ª festa das Comunidades que sou Pároco. A partir daqui é sempre a dar-lhe. E tenho a certeza que nada vai faltar. Para ser uma verdadeira festa minhota não podem faltar as seguintes características que deixo à consideração de quem as está a preparar que fique atento, pois sem isto as festas seriam um fracasso:
- Polícia familiar – mulheres e homens, normalmente com muuuuiiiittttaaaaa experiência, que se auto-nomeiam para ficar em volta dos dancings a ver as filhas/netas (deles ou dos vizinhos…!), leia-se, a controlar os pares das donzelas que, coitadas, se vêm a braços com a curiosidade alheia.

- Bailarico - com música pimba. Mesmo com o corpo de intervenção da polícia familiar, a dançar, ninguém leva a mal. São os meninos e os idosos, a donzela e o mancebo, os casados e solteiros... Giro giro é quando cada um dança para seu lado, quando cada um abana de sua maneira e quando os quatro pés (leia-se dois de cada um) não se entendem e chocam a torto e a direito. Um fartote, para os senhores da polícia que se divertem e quase fazem apostas...

- Provadores oficiais de minis – aqueles indivíduos bem-parecidos, que provam (e bebem!) cerveja como ninguém: seja noite ou seja dia, com frio ou calor, ao balcão ou lá no meio, nas mesas ou no wc, alcoolicamente alegres ou sóbrios, com os amigos ou sozinhos… lá estão eles e elas, irremediavelmente com a mini na mão. E a melhor de todas as suas qualidades: nunca deixam os senhores do balcão sozinhos!

- Odor característico – agradabilíssimo! Quando falamos com alguém que se encontra atrás do balcão ou por lá passou momentaneamente, constatamos que o perfume vem todo do mesmo sítio: do assador. É aquela coisa!

- Altas individualidades – ele há de tudo! São as senhoras trés chiques que não dançam com medo dos pés de chumbo, os rapazinhos a tentar piscar o olho às suas consortes, os velhinhos amorosos que relembram a sua juventude, os emigrantes que regressam e têm que pôr a conversa em dia com TODA a gente, as tias-que-só-vemos-uma-vez-por-ano e que são… (isso mesmo que pensaram!), as criancinhas birrentas que fazem quase mais barulho que os agrupamentos musicais (!!!), as gentes da política e os ilustres da terra em grandes jantares de confraternização… enfim!

Muito há a dizer sobre estes magníficos acontecimentos do quotidiano tradicional português. São dias em que, quem diz que já viu tudo, volta atrás no discurso! Há sempre cenas caricatas que nos fazem rir.

Tudo isto e muito mais para conferir numa festa de verão perto de si.

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