quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Padre... padre... padre...

Ouço vozes a chamar durante todo o dia! Agora neste mês de Agosto muito mais. Depois não sabem (ou não querem saber) que há lugares próprios em dias próprios a a horas marcadas para tratar de algum assunto.
Por vezes irrita-me. Até quando estou a tomar um simples café lá vem o “padre… padre… Hoje dei comigo a pensar… porra, mas é este o meu trabalho. Trabalho? Não. Mas sim Missão. É um ter de estar constantemente, um ouvido presente em qualquer momento ou ocasião... Quantas vezes me procuram não tanto para me ouvir, mas para falar. E não falo, apenas escuto. Sim, escutar... Nós padres temos a tendência de falar e esquecemo-nos de escutar. O mundo não precisa de palavras mas sim de quem escute! Eu gosto de falar, de dialogar, de reflectir os evangelhos. Julgo que todos gostamos de falar sobre aquilo que sabemos ou julgamos saber! Mas ser padre não é apenas falar. A nossa atitude é de escuta! Quando alguém vem ter comigo é porque já fez uma caminhada. Apenas quer então que escute, que perca uns tempos... E é uma correria esta nossa vida... Mas temos de parar, olhar e escutar, para que o mundo não passe por nós e o percamos porque não lhe prestámos atenção!

3 comentários:

  1. Olá Sr Padre! SEja bem vindo ao seu blog .Espero que tenha descansado bem nas suas férias,merecidas de certeza.Agora deixe que faça um comentário ao texto (Padre...padre...padre)não acha que trabalho,serviço,missão... é tudo a mesma coisa? desde que o respeito,e a responsabilidade,a verdade... estejam presentes é bom falar, deixar falar, e escutar , só se ganha com isso ,eu sei que tb precisa do seu espaço, e há horas para tudo, mas nunca se arrependa de ouvir os outros, e claro está, de falar tb dos seus problemas, muita força. O título do seu blog diz isso mesmo assenta-lhe que nem uma luva.Bom regresso. Senti a sua falta.

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  2. Senhor padre compreendo o que acaba de escrever nós católicos por vezes esquecemo-nos que os padres também são humanos. Um abraço

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  3. Senhor padre compreendo o que escreveu, nós por vezes esquecemo-nos de que os padres também são
    humanos. Um abraço

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