Um director responsável pela TVE (canal televisivo espanhol), foi hoje despedido. Ontem aquando do hino espanhol, no início da Final da Taça do Rei, disputada em Valência, o público assobiou/vaiou o hino espanhol. O responsável pela transmissão "desviou" a imagem para Barcelona e para Bilbao e "encaixou" a gravação dio hino, omitindo as vaias. O mesmo foi despedido por ter alterado a verdade dos acontecimentos. Acho muito bem. E pensei... devo ter cuidado para nunca alterar a verdade do evangelho de cada Domingo. A Palavra de Deus deve ser transmitida e proclamada tal como ela é. Se não o fizermos (Padres, catequistas, formadores emtre outros) estamos a faltar à verdade. E mais cuidado e atenção devemos ter, porque ninguém nos despedirá.
Temos que ter muito cuidado com os excessos. Não me parece uma atitude sensata por parte da TVE, mas é preciso perceber a razão do corte da emissão: é que os adeptos da Catalunha e País Basco estavam a assobiar o hino visto que eles querem a independência.
ResponderExcluirEm que ficamos? É uma boa reflexão. É que o jornalista também poderia ter sido punido por ter deixado a emissão no ar com o hino de Espanha a ser enxovalhado.
E já agora, aqui vai um texto do jornalista do Diário de Notícias, Ferreira Fernandes.
ResponderExcluirEste jornal que vos deixo...
por Ferreira Fernandes
08 Maio
Ontem, comprei o jornal espanhol El País. Por 1,50 euros (dois cafés) levei um manual de vida: como empandeirar, de vez, o aldrabão do Rousseau ("o homem é naturalmente bom...") Guardei quatro páginas (da 56 à 59) para os meus netos. Valem por um curso. Estou a falar de El País, um dos melhores jornais europeus. Aquelas quatro páginas, o bom e credível jornal dedicou-as ao Chelsea-Barcelona. Quatro páginas de jornal são 15 mil caracteres. Escrever "Tom Henning" são onze caracteres com espaços. Naquelas páginas podia ter-se escrito mais de 1300 vezes "Tom Henning". Mas escreveu-se uma só, numa legenda que nada me disse sobre a importância do homem. Ora o tal Tom foi o árbitro e o actor principal do Chelsea-Barcelona. Roubou quatro penâltis aos ingleses, no mais escandaloso jogo de futebol da Liga dos Campeões de que há memória. Mas o bom e credível jornal espanhol (e é esse o problema: é mesmo bom e credível) escondeu o Tom e os penâltis. Então, é assim, queridos netos: uma instituição (e El País é uma instituição) fará o que tiver de fazer se tiver de ser feito.
Concordo que seja um "pau de dois bicos" para quem é responsável. Aliás, como em tudo na vida. Quem tem responsabilidades familiares, profissionais ou comunitárias debate-se, inúmeras vezes, com essa luta de duas vontades. Mas continuo a dizer que um meio de comunicação social tem a obrigação de dar a conhecer ou de apresentar as coisas como elas são. A imprensa escrita pode ter outro cuidado na forma como pode trabalhar aquilo que quer apresentar. Agora, uma transmissão se é directa tem de se correr certos riscos e não se pode camuflar. Dircto é directo. Esta é a minha opinião. Mas aquilo que mais me interessa com esta postagem é o facto de todos pensarmos se temos ou não camuflado, alterado ou "embrulhado" da forma mais adquada esta belíssima "prenda"/dádiva que é a Plavra de Deus.
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