terça-feira, 16 de junho de 2009

No sábado passado, dia 13 de Junho, foi um dia muito feliz. Agradeço a todos os que ajudaram a tornar esse dia um dia inesquecível nas nossas vidas, mas essencialmente nas vidas da Susana e do Ricardo. Resolveram casar no dia dos meus anos. E o meu irmão ofereceu-me, assim, uma cunhada. Além da cunhada ofereceu a mim e há minha família uma outra família. É por isso que o amor é tão belo. Sendo felizes conseguirão fazer outros felizes. E isto acontece com todas as famílias. Hoje, confesso, que dou por mim a pensar na vontade que, muitas vezes, tenho de também eu ser assim. A vida do padre é uma luta constante entre aquilo que deve ser e o tem de ser. Sinto que é fundamental conhecer bem os meus limites. Árdua tarefa! Pedem-me para me entregar sem reservas e ir ao encontro das necessidades dos paroquianos e da Igreja. Preencher o tempo com tantas actividades. Dizem que é uma táctica. Mas há o perigo do activismo. Doar-me tanto e esquecer-me de mim. Isso é bom. Isso não é bom. Esqueço a minha humanidade. Esqueço que sou química e física, osso e carne, tremor e tensão. Por muito que procure espiritualizar a minha vida, a minha entrega, o meu sacerdócio, sinto frio e calor, amor e temor, luz e trevas. E também a necessidade do carinho e do afecto. Sinto a libido e a pulsão. Afinal, a sexualidade é uma das necessidades básicas do ser humano. E o padre, por muito que nos queiram "divinizar", somos seres humanos. Com energias vitais. E vivemos tantas vezes no fio da navalha. "A carne é fraca."Todo e tudo por Cristo, pela comunidade e pelo Reino? Sim. Mas que é difícil, é!

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