Esta semana presidi a uma celebração exequial. Até aqui nada de anormal. Só que mesmo antes da celebração começar instalou-se a confusão dentro da Igreja. O defunto ainda em vida encontra-se num lar privado do concelho. O responável pelo lar quis fazer contas com a família mesmo dentro da Igreja. Da ousadia aos insultos foi uma pequena distância. Isto aconteceu antes de eu chegar. As motivações que levaram a este triste acontecimento não me dizem respeito só que como Pároco não posso calar a minha revolta pela falta de respeito para com o lugar em que estavam e para com aquele que merecia dignidade no dia em que partia. Não ficou nada bem a quem cometeu tais actos e não ficou nada bem há Comunidade. Haja respeito pelos mortos e pelos vivos. E estando ou não o Pároco o respeito deve ser o mesmo. Este respeito passa, também, pelo silêncio que deve reinar quando estamos num mortório. É que não são poucas as vezes que quando se está à espera da hora do funeral parece que não vai haver um funeral, mas uma feira. Fica o reparo e que leve à reflexão de todos.
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