Enquanto tanta gente corre, todas s manhãs, para o trabalho, vencendo o frio ou a chuva ou o cansaço, uma legião imensa, cada vez maior, jaz apática e triste, sem emprego.
Desempregados, porque a empresa faliu,, porque as máquinas dispensaram mão humana. Porque os computadores simplificaram, porque os robôs executam.
Desempregados talvez porque não sabem trabalhar, porque nunca foram preparados para uma profissão.
Desempregados de todas as idades, cujo labor consiste em responder, quase sempre em vão, a todos os anúncios dos jornais, a enviar currículos, a comparecer a entrevistas frustradas, a esperar o carteiro ou o toque do telefone, numa espera dolorosa que nunca mais chega.
Desempregados que não conseguem, depois de um curso longo e penoso, o primeiro posto de trabalho.
Desempregados, caminheiros de incerteza do pão de cada dia para si e para os seus.
Desempregados. Gente que também é gente , que precisa da nossa mão, que precisa da nossa solidariedade, que precisa da partilha do nosso amor.
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