No contexto do Dia Internacional da Mulher, vale a pena recordar e reler a Carta Apostólica “A dignidade e a vocação da mulher” do Papa João Paulo II, de 15 de Agosto de 1988. No capítulo VIII, intitulado “Diante das transformações”, n.º 28, lê-se: «A Igreja acredita que Cristo, morto e ressuscitado por amor de todos, pode oferecer ao homem, pelo seu Espírito, a luz e as forças que lhe permitirão corresponder à sua vocação suprema». Podemos aplicar estas palavras da Constituição conciliar Gaudium et Spes ao tema das presentes reflexões. O apelo particular à dignidade da mulher e à sua vocação, próprio do tempo em que vivemos, pode e deve ser acolhido na «luz e na força» que o Espírito prodigaliza ao homem: também ao homem da nossa época, rica de múltiplas transformações. A Igreja «acredita que a chave, o centro e o fim» do homem, como também «de toda a história humana se encontram no seu Senhor e Mestre» e «afirma que sob todas as transformações permanecem muitas coisas imutáveis, que têm o seu fundamento último em Cristo, o mesmo ontem, hoje e por toda a eternidade». Com estas palavras a Constituição sobre a Igreja no mundo contemporâneo indica-nos o caminho a seguir na assunção dos empenhes relativos à dignidade da mulher e à sua vocação, no cenário das transformações significativas para o nosso tempo. Podemos enfrentar essas transformações de modo correcto e adequado apenas se retomarmos o caminho dos fundamentos que se encontram em Cristo, das verdades e dos valores «imutáveis», dos quais Ele próprio permanece «testemunha fiel» e Mestre. Um modo diverso de agir conduziria a resultados duvidosos, e até mesmo erróneos e ilusórios.
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