
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Os telemóveis

Todos têm um. E confesso que há neles algo de mágico na forma como um simples telefonema conjuga os felizes acasos da vida. Um encontro há muito ansiado, uma boa novidade, uma voz distante que de repente está ao virar da esquina ou tão só a sua hipótese. Talvez por isso tanta gente seja escrava voluntária deste feiticeiro.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
No fim da Missa de Natal em Moure
No dia de Natal, e como é habitual, há a encenação de Natal. Em Moure, há o costume de o arauto e o anjo, após a encenação, ficarem a acolitar. No passado sábado, dia 25, só ficou a acolitar o arauto, pois, este ano, optamos por o anjos aparecer no púlpito. O púlpito não tem acesso e tivemos de colocar lá o anjo com um escadote antes da Missa. Ficou lá até a final. Chegou o momento do Pai Nosso e convidei a assembleia a dar as mãos enquanto rezavamos esta belíssima Oração. Faço-o algumas vezes e achei que o gesto vincava a nossa filiação com o Pai e a nossa irmandade. Claro que também eu e o arauto, a Mara, demos as mãos. Noutras celebrações eu e os acólitos também fazemos o mesmo, quando acontece este gesto. No fim da missa passei por um grupo de senhoras que estavam adro e não deram por mim. Ouvi isto: "O nosso Padre apanha-se ao lado duma rapariga e manda logo dar as mãos para ele também as dar a ela".
A minha vontade era parar e perguntar se a Eucaristia para elas se resumia aquilo. Confesso que até me apeteceu fazer como Jesus quando expulsou os vendedores do templo. Pegar num chicote e correr, não com as vendedoras, mas com as dadoras de palavras ridículas. Mas resolvi passar e sorrir até porque estava com pressa porque tinha hora marcada na Ermida para a última celebração do dia.
Noa 20 minutos de caminho até lá dei comigo a pensar que era mesmo Natal. É que noutras circunstâncias tinha parado e dado uma esfrega aquelas senhoras. Porque passei e sorri? Não sei. Talvez por ser Natal. Quem me dera ser assim tantas vezes. Mas nem sempre consigo. Até porque não sou nenhum saco de boxe para levar sempre porrada. Mas confesso que vou tentar passar e sorrir mais vezes.

in site Zenit
Aos portugueses Bento XVI disse que esperava que o frenesim destes dias não apagasse a luz do Natal. Desejou na Praça de São Pedro, que o Natal trouxesse a todos os portugueses calma e serenidade para enfrentar o caminho difícil que o pais está, e vai continuando, trilhando. Alertou também para que no meio das actividades frenéticas do mundo, o Natal possa trazer a cada um sossego e alegria de modo a que possamos sentir a bondade do nosso Deus, Ele que se faz menino para nos salvar e dá nova coragem e luz para o nosso caminho!
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
O Presépio somos nós
O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro destes gestos que em igual medida
a esperança e a sombra revestem
Dentro das nossas palavras e do seu tráfego sonâmbulo
Dentro do riso e da hesitação
Dentro do dom e da demora
Dentro do redemoinho e da prece
Dentro daquilo que não soubemos ou ainda não tentamos
O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro de cada idade e estação
Dentro de cada encontro e de cada perda
Dentro do que cresce e do que se derruba
Dentro da pedra e do voo
Dentro do que em nós atravessa a água ou atravessa o fogo
Dentro da viagem e do caminho que sem saída parece
O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro da alegria e da nudez do tempo
Dentro do calor da casa e do relento imprevisto
Dentro do declive e da planura
Dentro da lâmpada e do grito
Dentro da sede e da fonte
Dentro do agora e dentro do eterno
Um poema de José Tolentino Mendonça
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro destes gestos que em igual medida
a esperança e a sombra revestem
Dentro das nossas palavras e do seu tráfego sonâmbulo
Dentro do riso e da hesitação
Dentro do dom e da demora
Dentro do redemoinho e da prece
Dentro daquilo que não soubemos ou ainda não tentamos
O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro de cada idade e estação
Dentro de cada encontro e de cada perda
Dentro do que cresce e do que se derruba
Dentro da pedra e do voo
Dentro do que em nós atravessa a água ou atravessa o fogo
Dentro da viagem e do caminho que sem saída parece
O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro da alegria e da nudez do tempo
Dentro do calor da casa e do relento imprevisto
Dentro do declive e da planura
Dentro da lâmpada e do grito
Dentro da sede e da fonte
Dentro do agora e dentro do eterno
Um poema de José Tolentino Mendonça
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Pais Natais suicidas

Esta figura mítica é hoje a base de uma indústria que move milhões. O grande problema é que não há lugar para toda os profissionais. A Associação Portuguesa de Pais Natais Profissionais aponta o dedo ao Governo. Segundo Nicolau Neve, presidente da APPNP, "o governo não acautelou os direitos deste grupo profissional ao permitir o acesso ás funções de Pai Natal de profissionais não acreditados e com formação não adequada. Isso é particularmente ofensivo quando observamos a usurpação das nossas funções por Pais Natais temporários, biscateiros que julgam que basta colocar umas barbas postiças e gritar HO HO HO nos centros comerciais. De notar que os Pais Natais inscritos na APPNP, a única entidade acreditada para o acreditamento dos Pais Natais em Portugal exige, por exemplo que as barbas brancas sejam originais e não permite o uso de barbas postiças." Esta situação está a levar ao desespero os Pais Natais mais antigos nas funções uma vez que "os centros comerciais optam por serviços mais baratos destes profissionais não reconhecidos, não dando importância à qualidade dos serviços prestados" ainda segundo Nicolau Neve. Os profissionais no desemprego estão a perder qualidade de vida, sendo este facto particularmente visível no que diz respeito à saúde. A APPNP garante aos seus profissionais um seguro de saúde que permite a monitorização regular do estado clínico dos seus afiliados. Rudolfo Azevinho, Pai Natal no desemprego, afirma "esta barriga que aqui vêm é genuína. Nos 20 anos de exercício profissional nunca usei nenhuma almofada por baixo do fato vermelho. Mas isto é uma profissão de risco, de desgaste rápido pois esta barriga traz consequências: problemas de coluna e joelhos, colesterol e problemas gástricos".
Estas razões levam a que cada vez mais Pais Natais optem por acções radicais, entre as quais a mais popular é o suicídio. É cada vez mais comum observarmos Pais Natais pendurados nas janelas dos prédios, nas varandas e nas árvores. As posições dos seus corpos transparecem o desespero em que se encontram e aquela corda a que se agarram simboliza o fino fio de esperança a que ainda se agarram. Mas a vida continua, indiferente, ao apelo desta gente que clama por ajuda. As pessoas passam, olham e seguem o seu caminho tal a normalidade destas acções. A taxa dos que se soltam em direcção ao abismo é cada vez maior, os que se mantêm agarrados ao fio da esperança e da vida passam, muitas vezes, dias, semanas expostos à intempérie sempre abandonados, sempre sós, sempre desesperados.
Artigo do Jornal "Barbas Brancas"
Ou haverá Coisa Mais Parva que Pendurar um Pai Natal Insuflável no Parapeito da Janela?
Feliz coincidência

Ponto Turístico > Monumento
Rio Mau
4730 Rio Mau, Vila Verde
Igreja barroca comum, de decoração simples, uma só nave, sacristia e torre sineira nas traseiras. O seu protótipo é a Igreja de São Victor na cidade de Braga.
Encontrei isto no sitio igogo. Nunca tinha dado conta, nem fazia ideia, que a Igreja de Rio Mau é um protótipo da Igreja da Paróquia de onde sou natural e onde cresci.
Ainda a semana vai a meio e já estou farto disto... são problemas que têm que ser solucionados, é uma panóplia de questões que, uma a uma se vão resolvendo, mas que arrasam por completo toda a paciência e seriedade que existe em cada um de nós. Faz com que fiquemos mais irritadiços e com falta de discernimento para poder pensar com calma sobre cada assunto.
Parafraseando o meu amigo e condiscípulo Padre Vitor Rodrigo: temos sempre de encontrar soluções para problemas que nao fomos nós a criar.
As pontes e a crise
Esta manhã destinei-a para visitar alguns doentes de Moure. Uma experiência sempre enriquecedora. Mas antes de a iniciar tinha de tomar o meu cafezinho matinal habitual. Estava sozinho na mesa, a ler o JN, e de repente (peço desculpa pelo atrevimento) desviei a atenção para a mesa do lado onde estavam 2 senhores, de calendário na mão, a ver os feriados do ano 2011 que darão para fazer ponte (o termo correcto é tolerência de ponto). No meio do meu sorriso ao ver o entusiasmo deles pensei que é desta forma que se percebem as prioridades das pessoas no combate à "crise".
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Movimento anti-popota, Leopoldina e arredondamentos
É extraordinário como é fácil fazer caridade com o dinheiro dos outros!!!
Pedem-nos "apenas" dois euros e fazem-nos o favor de doar um para a caridade. Claro que quem aparece a doar no final de vários milhares são os donos dos grandes armazens... com o nosso dinheiro!!!
Reparem no que diz o site de um dos grandes supermercados: "nestes últimos três anos conseguimos angariar (...) um montante superior a um milhão de euros"... Extraordinário realmente, sobretudo se pensarmos que esse milhão de euros foi automaticamente DEDUZIDO dos impostos dessa empresa... como se fosse dinheiro DELES e não nosso!!!
Se querem dara para a caridade dêm directamente... ou então entreguem o seu donativo a instituições que estão no terreno, sem intermediários.
Então porque dão aos Modelos, Continentes e Wortens...?
Eles têm obrigação e responsabilidade social a cumprir então que cumpram pela parte deles?
Pedem-nos "apenas" dois euros e fazem-nos o favor de doar um para a caridade. Claro que quem aparece a doar no final de vários milhares são os donos dos grandes armazens... com o nosso dinheiro!!!
Reparem no que diz o site de um dos grandes supermercados: "nestes últimos três anos conseguimos angariar (...) um montante superior a um milhão de euros"... Extraordinário realmente, sobretudo se pensarmos que esse milhão de euros foi automaticamente DEDUZIDO dos impostos dessa empresa... como se fosse dinheiro DELES e não nosso!!!
Se querem dara para a caridade dêm directamente... ou então entreguem o seu donativo a instituições que estão no terreno, sem intermediários.
Então porque dão aos Modelos, Continentes e Wortens...?
Eles têm obrigação e responsabilidade social a cumprir então que cumpram pela parte deles?
Publicada por Padre Inquieto
Se eu quiser falar com Deus

Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que ficar a sós
Tenho que folgar os nós dos sapatos
Da gravata, dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter as mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
E se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Eu tenho que subir aos céus
Sem cordas para segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar decidido
Pela estrada...
Se eu quiser falar com Deus!
(Elis Regina)
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Recordar é viver
foto tirada da torre da Igreja quando caiu o telhado do Salão Paroquial e que me foi enviada pelo Padre Sérgio
A semana passada fui presidir a um funeral de um vizinho, o Sr Brás. Como é meu costume chego sempre cedo a tudo. Faltava 1/2 hora e os meus Párocos (sim no plural porque tenho mesmo dois) foram-se mostrar o salão Paroquial, que está em obras, bem como os espaços exteriores. Já não ia a este espaço há muitos e muitos anos. Ao começar a subir as escadas que dá entrada para o espaço pensei: “Quanto tempo...”
Tudo estava diferente, como se compreende. No entanto aqueles tempos passados vieram à minha memória... o lugar onde me sentava, as catequistas, os meus colegas... tudo era simples e muito diferente dos tempos actuais.
Tudo estava diferente, como se compreende. No entanto aqueles tempos passados vieram à minha memória... o lugar onde me sentava, as catequistas, os meus colegas... tudo era simples e muito diferente dos tempos actuais.
Além das paredes, do palco e da rede que tapava um ringue, hoje desactivado, pouco mais me era familiar.
Olho aquelas páginas da minha vida e penso de como são diferente das páginas dos miúdos de agora. Era sempre com alegria que estávamos na catequese. Não só aprendíamos como nos divertíamos.
Se gostávamos da catequese, gostávamos igualmente do tempo anterior e seguinte. As correrias com os nosso amigos e depois para casa, com a mochila às costas pela rua D. Pedro V fora.
Olho aquelas páginas da minha vida e penso de como são diferente das páginas dos miúdos de agora. Era sempre com alegria que estávamos na catequese. Não só aprendíamos como nos divertíamos.
Se gostávamos da catequese, gostávamos igualmente do tempo anterior e seguinte. As correrias com os nosso amigos e depois para casa, com a mochila às costas pela rua D. Pedro V fora.
Tempos que deixam muitas saudades, certamente os melhores que já vivi. Em tudo encontrávamos pretexto para parar e brincar um pouco...!
Chegado a casa, pensei nos miúdos de hoje e senti que se fosse miúdo de novo não saberia como viver. Os espaços onde “havia vida” onde se ouvia o riso dos miúdos, as correrias, toda a sua alegria... já não existem. Onde irira jogar à bola se o parque de estacionamento junto a minha casa está sempre cheio de carros? Onde iriamos brincar às cabanas se o campo e o riacho estão cobertos pelo Braga Parque e Pingo Doce? Como iria de boleia para Prado andar de canoa se hoje é um perigo andar de boleia com desconhecidos. Eu seu que naquele tempo também, mas era criança.
Chegado a casa, pensei nos miúdos de hoje e senti que se fosse miúdo de novo não saberia como viver. Os espaços onde “havia vida” onde se ouvia o riso dos miúdos, as correrias, toda a sua alegria... já não existem. Onde irira jogar à bola se o parque de estacionamento junto a minha casa está sempre cheio de carros? Onde iriamos brincar às cabanas se o campo e o riacho estão cobertos pelo Braga Parque e Pingo Doce? Como iria de boleia para Prado andar de canoa se hoje é um perigo andar de boleia com desconhecidos. Eu seu que naquele tempo também, mas era criança.
Decididamente não sei se conseguiria ser miúdo de novo, não sei se quereria... Nada seria como antes!
Foi bom e é bom recordar!
Foi bom e é bom recordar!
Preparai os caminhos do Senhor

Quase todos dormem na aldeia. Quase...
Alguém se aguenta acordado, e com o seu olhar vigia a aldeia.
Lá do alto tudo mantém ao seu alcance...
A lua brilha, há estrelas no céu...
Nos limites da aldeia olha um longo rio, uma outra aldeia e um inúmero de colinas que se perdem no horizonte... tudo está calmo!
De repente, ao fundo nas colinas, uma imagem prende a sua atenção do seu assento.
Alguém vem longe. A distância é alguma...mas em algumas horas entrarão na aldeia mais próxima. Entre sombras, consegue perceber um casal e um jumento... sobre eles, uma estrela diferente de todas as outras, de brilho mais alegre, mais forte...
Procura olhar de novo todo este quadro...
É então que recorda todos os rumores que se têm feito ouvir naqueles dias por toda a aldeia. Finalmente tinha chegado o momento pelo qual todos esperavam...
O moço, de coração alegre, desce do seu posto, corre pelas cerradas ruas, salta dificuldades... e entre grito e tropeços, chega junto do sino.
Ouve-se um fernético Ding... dong... (som do dobrar dos sinos!)
Os que não tinham acordado com toda aquela confusão, dificilmente continuariam a dormir com aquele forte dobrar de sinos!
A aldeia desperta!
Procuram compreender o motivo de toda aquela algazarra...
Os archotes começam a acender um por um... de um momento para o outro, toda a aldeia estava iluminada e escutava os gritos do jovem moço...
“Está a chegar, está a chegar... há uma estrela no céu, há uma estrela no céu, ao longe... Está a chegar! O momento que todos esperávamos está próximo, Aquele que foi profetizado vai nascer... o messias vai nascer!”
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
O serviço nas Procissões
Imagem da Procissão Eucarística (Sagrado Lausperene), em Rio Mau- Abril de 2009
Fez este domingo oito dias que celebramos, em duas das minhas comunidades, a Festa do Padroeiro, S. Martinho. Aconteceu tudo da melhor forma, aliás... como de costume. No entanto, não pude deixar de reparar na dificuldade que muitas vezes quem está incumbido de organizar a procissão sente em arranjar gente para levar o pálio ou as lanternas. Vão entregar a opa e as pessoas fogem ou negam.
Antigamente, levar uma bandeira, o pálio ou uma lanterna era uma prestígio. Era um prestígio desfilar ao lado do Senhor Abade. Ainda bem que deixou de ser prestígio…agora é serviço! Descubram as diferenças!!!
A Fé d(n)as escolas
Esta manhã, conversava com uma professora de Religião e Moral que lecciona numa das minhas comunidades. Partilhava a sua revolta, porque na nescola não a deixam fazer caminhada de advento nem colocar caretazes alusivos a este tempo, que começa no próximo domingo. Queria combater aquilo que diz ser um Natal antecipado. A conversa estendeu-se e agora que estou diante do computador apeteceu-me escrever aquilo que penso a propósito deste assunto. Veio-me à memória a dificuldade que outros professores sentem para realizar qualquer actividade com uma vertente religiosa.
O que me parece é que as nossas escolas começam a ter um ambiente pouco de humano e nada de cristão. Em algumas escolas exteriorizar a fé é expressamente proibido… viva a liberdade e laicidade!
O mais hilariante é que nessas mesmas escolas, na época do halloween (as bruxas) estiveram todas enfeitadas! Porque esta festa não é cristã e até se opõem a muitos princípios cristãos… esta sim… pode ser publicitada e vivenciada na escola, dando em alguns casos até direito a folga para actividades extra curriculares…
O mais hilariante é que nessas mesmas escolas, na época do halloween (as bruxas) estiveram todas enfeitadas! Porque esta festa não é cristã e até se opõem a muitos princípios cristãos… esta sim… pode ser publicitada e vivenciada na escola, dando em alguns casos até direito a folga para actividades extra curriculares…
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Pouco Cristianismo
A chanceler alemã, com enorme coragem, convida a reivindicar "particularmente a nossa tradição judaico-cristã". Assegura que a identidade alemã «significa acreditar na liberdade de religão, não só dentro das nossas fronteiras mas também para os cristãos em todo o mundo».
«Não temos muito islamismo na Alemanhã, mas pouco cristianismo», disse a cancheler Angela Merkel no seu discurso perante União Democrata Cristã (CDU). A frase arrancou um enorme aplauso no auditório, e marcou assim a distância, por um lado, para com aqueles que -como é o caso dos partidos de esquerda- continuam a apostar num «sociedade multicultural» e, por outro, para com aqueles que insistem em travar a entrada de imigrantes muçulmanos com receio de perder a identidade.
Merkel reiterou a sua convicção de que a fórmula multicultural «foi um fracaso», porque dificultou a integração de muitos imigrantes, particularmente os turcos, e pediu à CDU que não tenga medo de abrir o debate nacional «sobre os valores que nos guiam, e em particular sobre a nossa tradição judaico-cristã».
«Temos de fazê-lo com confiança, e seremos capazes de concretizar a coesão na nossa sociedade».
Angela Merkel não aposta em travões ou cuotas para a entrada de imigrantes na Alemanhã, mas pede que «quem vem respeite e reconheça a nossa identidad, ao mesmo tempo que conserva a sua».
A cancheler disse que essa identidade alemã «significa crer na liberdade de religião, não só dentro das nossas fronteiras mas também para os cristãos em todo o mundo», numa velada referencia aos recentes ataques que minoria cristã sofreu em diversos paises muçulmanos.
Realmente a chanceler têm razão:
Pouco cristianismo; quando deixamos que as minorias retirem os crucifixos dos espaços públicos;
Pouco cristianismo; quando não denunciamos as televisões e a imprensa por maltratarem os valores cristãos. Atrever-se-ia com Ala? Força!
Pouco cristianismo; quando chega o Natal e em vez dos simbolos religiosos, colocamos "pai natal";
Pouco cristianismo; quando os cristãos atiram pedras contra a própria Igreja;
Pouco cristianismo; quando deixamos a missa do domingo;
Pouco cristianismo; quando confundimos tolerância com renuncia à nossa identidade cristã;
Realmente é pouco! Mesmo pouco cristianismo!
«Não temos muito islamismo na Alemanhã, mas pouco cristianismo», disse a cancheler Angela Merkel no seu discurso perante União Democrata Cristã (CDU). A frase arrancou um enorme aplauso no auditório, e marcou assim a distância, por um lado, para com aqueles que -como é o caso dos partidos de esquerda- continuam a apostar num «sociedade multicultural» e, por outro, para com aqueles que insistem em travar a entrada de imigrantes muçulmanos com receio de perder a identidade.
Merkel reiterou a sua convicção de que a fórmula multicultural «foi um fracaso», porque dificultou a integração de muitos imigrantes, particularmente os turcos, e pediu à CDU que não tenga medo de abrir o debate nacional «sobre os valores que nos guiam, e em particular sobre a nossa tradição judaico-cristã».
«Temos de fazê-lo com confiança, e seremos capazes de concretizar a coesão na nossa sociedade».
Angela Merkel não aposta em travões ou cuotas para a entrada de imigrantes na Alemanhã, mas pede que «quem vem respeite e reconheça a nossa identidad, ao mesmo tempo que conserva a sua».
A cancheler disse que essa identidade alemã «significa crer na liberdade de religião, não só dentro das nossas fronteiras mas também para os cristãos em todo o mundo», numa velada referencia aos recentes ataques que minoria cristã sofreu em diversos paises muçulmanos.
Realmente a chanceler têm razão:
Pouco cristianismo; quando deixamos que as minorias retirem os crucifixos dos espaços públicos;
Pouco cristianismo; quando não denunciamos as televisões e a imprensa por maltratarem os valores cristãos. Atrever-se-ia com Ala? Força!
Pouco cristianismo; quando chega o Natal e em vez dos simbolos religiosos, colocamos "pai natal";
Pouco cristianismo; quando os cristãos atiram pedras contra a própria Igreja;
Pouco cristianismo; quando deixamos a missa do domingo;
Pouco cristianismo; quando confundimos tolerância com renuncia à nossa identidade cristã;
Realmente é pouco! Mesmo pouco cristianismo!
Padres inquietos
Vida que ensina mais do que as palavras

Pessoas há que nos marcam pela sua postura diante da vida ou do medo de a perder... Aquela senhora marca-me pelo seu sorriso, pela sua dor encoberta na vontade de ver mais longe, na esperança que não acaba! Pois é... pessoas há que nos ensinam pela vida mais do que as palavras são capazes de transmitir...
Haja respeito...
Se há coisas que aprendi com o tempo, foi a não deixar-me chatear com o que não merece. E há algumas histórias que se não fossem para chorar, me fariam rir. Quer dizer, ainda fazem...
Acho fabuloso a facilidade com que as pessoas falam umas das outras sem se conhecerem. Fazem juízos de valor e julgam com uma facilidade, mostrando factos tirados daqui e dali, mas sem terem, realmente, estudado o que comentam, e mostrando uma superficialidade nos seus comentários que me assusta. Porque acima da liberdade de expressão, está, para mim, o direito ao respeito e à dignidade.
Sempre fui educado com respeito e fui respeitado em casa. E é esse respeito que devo a toda a gente que me rodeia. Quem não me respeita, merece ainda o meu respeito mas não merece o meu tempo.
Não respeito é insultos gratuitos, nem tenho que conviver com opiniões das quais discordo.
Sempre fui educado com respeito e fui respeitado em casa. E é esse respeito que devo a toda a gente que me rodeia. Quem não me respeita, merece ainda o meu respeito mas não merece o meu tempo.
Não respeito é insultos gratuitos, nem tenho que conviver com opiniões das quais discordo.

Sim, porque a cair somos todos iguais! A levantarmo-nos é que não.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Sabes de cor...
Sabes de cor os números de telefone de pessoas passadas, esquecidas, mas não sabes o do teu amigo.
Sabes de cor os algarimos do teu VISA mas não sabes os algarismos do preço do brinquedo que te pediram.
Sabes de cor as cores do teu guarda fatos, mas desconheces as cores da bandeira do teu país natal.
Sabes tudo demasiado de cor e sabes pouco pelo sentimento forte que faz pulsar o coração.
Sabes de cor o anúncio repetido na rádio, mas não sabes a música favorita de quem te ama.
Sabes de cor o primeiro poema do livro do poeta conhecido, mas não leste o poema que escreveram com o teu nome.
Sabes de cor como é a voz do apresentador do noticiário da noite, desconheces o timbre da minha voz neste instante importante para mim.
Sabes tudo demasaido de cor, com pouca presença e carinho nas mãos que enfias nos bolsos.
Sabes de cor os algarimos do teu VISA mas não sabes os algarismos do preço do brinquedo que te pediram.
Sabes de cor as cores do teu guarda fatos, mas desconheces as cores da bandeira do teu país natal.
Sabes tudo demasiado de cor e sabes pouco pelo sentimento forte que faz pulsar o coração.
Sabes de cor o anúncio repetido na rádio, mas não sabes a música favorita de quem te ama.
Sabes de cor o primeiro poema do livro do poeta conhecido, mas não leste o poema que escreveram com o teu nome.
Sabes de cor como é a voz do apresentador do noticiário da noite, desconheces o timbre da minha voz neste instante importante para mim.
Sabes tudo demasaido de cor, com pouca presença e carinho nas mãos que enfias nos bolsos.
Sabes de cor a que sabe o toque, desconheces o toque quando o coração vibra de paixão.
Sabes de cor o cheiro a café, não sabes o cheiro a café partilhado numa chávena alta, em pleno inverno, com a chuva na vidraça.
Sabes de cor as flores que se vendem na esquina do lado, mas nunca cheiraste uma.
Sabes tudo demasiado de cor...
Sabes de cor o momento em que vou sentir saudades, o instante em que bebo o leite antes de adormecer, os passos que dou antes de entrar no ginásio, mas ainda não me disseste quando o fazes, e eu não sei de cor.
Saber de cor,
as sombras que teu sol provoca,
as palavras que tua boca não diz,
e desconhecer o quente de um abraço.
Sabes de cor o cheiro a café, não sabes o cheiro a café partilhado numa chávena alta, em pleno inverno, com a chuva na vidraça.
Sabes de cor as flores que se vendem na esquina do lado, mas nunca cheiraste uma.
Sabes tudo demasiado de cor...
Sabes de cor o momento em que vou sentir saudades, o instante em que bebo o leite antes de adormecer, os passos que dou antes de entrar no ginásio, mas ainda não me disseste quando o fazes, e eu não sei de cor.
Saber de cor,
as sombras que teu sol provoca,
as palavras que tua boca não diz,
e desconhecer o quente de um abraço.
Uma alentejana
Pontaria da água da torneira

dicas e tricas
Vem uma, e faz queixinhas da outra. Vem a outra e faz queixinhas de outra. Temos de medir todas as palavras, porque senão justificam-se que o padre disse aquilo. Mesmo quando não disse, sujeita-se a que se convençam que disse. Quando não gostam da pessoa A, não se coíbem de inventar que disse ou fez. Derrubam-se uns aos outros com as verdades que sonham. E cruzam dados. E cruzam ses e pois e claros e já desconfiava. Quanto menos têm que fazer, mais têm que imaginar e dizer. Se trabalham numa fábrica e não têm com que ocupar a boca, usam a língua o mais afiado que podem. Se vêm à rua e encontram a vizinha, dão largas à amizade com uns dedos de conversa a apontar para onde calhar. Se passam o tempo no café e não têm dinheiro para mais uma bica ou uma cerveja, têm de arranjar um trago de maldizer para que a garganta não seque. Os cafés são geralmente os antros de maior maldizer. Qualquer pessoa fica sujeita a estas dicas. Porque hoje são uns e amanhã outros. Todos passam pelo crivo das tricas. Mesmo os que têm a língua maior. No final da missa trocam cumprimentos. Parece que a missa cumpriu o seu papel de comunhão. Mas nesse mesmo abraço vai muitas vezes o Se te apanho. Ou então o Já viste aquele ou aquela. E assim vive uma comunidade. Seja paroquial ou não. Quanto mais pequena, mais sujeita fica às dicas e tricas. Em cada semana aparece novo assunto. Assim se alimentam as dicas e tricas. A paróquia, o paroquiano tal e o padre são sempre alvos para as setas afiadas das dicas e tricas. Temos de ser fortes. Digo aos mais atingidos. Temos de pensar em Deus e que a Ele temos de agradar. Temos de ter compaixão pelos que falam. Rezar por eles. Porém, às vezes, até essas palavras têm de ser medidas, porque o padre disse aquilo que eu agora quero dizer.
Um dia Jesus disse que um profeta não era bem-vindo na sua terra, e na ocasião, conta o Evangelho, deixou de fazer muitos dos milagres que queria, porque não era bem interpretado. Às vezes os nossos padres e muitos dos nossos leigos deixam de fazer muita coisa porque não querem alimentar as dicas e tricas de uma paróquia.
Um dia Jesus disse que um profeta não era bem-vindo na sua terra, e na ocasião, conta o Evangelho, deixou de fazer muitos dos milagres que queria, porque não era bem interpretado. Às vezes os nossos padres e muitos dos nossos leigos deixam de fazer muita coisa porque não querem alimentar as dicas e tricas de uma paróquia.
Palavras emprestadas por um Padre
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
O Santo Padre, na recente carta aos seminaristas, sublinhava que o sacerdote é essencialmente o "homem de Deus". A sua missão "é ser mensageiro de Deus no meio dos homens; quer conduzir a Deus, e assim fazer crescer também a verdadeira comunhão dos homens entre si". Os Seminários são a comunidade dos discípulos de Jesus, alegres e confiantes, capazes de gerar uma renovada comunhão presbiteral ao serviço de todo o Homem.
Ancorados na fé em Cristo, os sacerdotes fazem falta à Igreja e ao mundo. A Igreja é ainda o lugar onde se colocam as grandes questões da nossa existência. É certo que nos encontramos na encruzilhada da história, no meio de propostas de felicidade gratuita, de escolhas de sentido fáceis e de várias incertezas. Mas "nem só de pão vive o homem" (Mt 4,4) dizia Jesus aos seus discípulos. Hoje como nunca faz sentido agarrar a vida sacerdotal se nos movermos pela Palavra, qual Sopro original, que sai da boca de Deus, e nos impele a receber o sacerdócio como dom e como missão. Alicerçados no amor a Cristo e ao Evangelho, os candidatos ao sacerdócio testemunharão com alegria e jovialidade os frutos do encontro diário com Cristo. Aprendizes das ciências humanas e teológicas, movidos pela espiritualidade da encarnação de Cristo na vida dos homens, os seminaristas tornam-se discípulos e seguidores do Mestre, testemunhas dum tempo novo e inédito.
Contudo, isso só será possível graças ao esforço e ajuda de toda a comunidade eclesial. A Semana dos Seminários é o tempo forte para contagiar as comunidades paroquiais para que sejam promotoras de vocações. A Palavra de Deus comunicada e partilhada com alegria gera comunhão, suscita testemunhos, experiências de vida e de fé geradoras de vocações. O nosso amor aos Seminários deverá reflectir-se na oração pessoal e comunitária; na proposta vocacional das famílias, dos catequistas, dos animadores, movimentos e dos párocos; na generosidade fraterna e material aos jovens que se formam nos Seminários.
Se o Seminário é o local onde os discípulos de Jesus crescem em humanidade e espiritualidade, mediante o encontro íntimo com Cristo, isso contagiará outros jovens que queiram discernir a sua vida em comunidade de irmãos na fé. Uma comunhão permanente com Deus que contagiará também a comunhão presbiteral. Se importa repensar a vida em função da comunhão, também se impõe a responsabilidade e o compromisso de toda a pastoral de caminhar em comunhão com o Seminário, com gestos de gratidão e sinais de amor. Somente numa simbiose de esforços, vontades e energias fará sentido olharmos com esperança para as vocações sacerdotais e para a presença da Igreja no mundo contemporâneo.
Seminário, comunidade dos discípulos de Cristo e irmãos no presbitério, é o desafio lançados para a Semana dos Seminários que vamos iniciar. Todos estamos convocados! Que Maria, mãe e discípula de Jesus, nos ajude a abrir os horizontes do nosso Sim de amor a Deus e aos irmãos.
sábado, 30 de outubro de 2010
Quem manda é o coração

Mas também me irrita o olhar dos outros quando me emociono. Hoje aconteceu. Fiquei com os olhos vidrados num baptizado, porque baptizava a filha de uns pais que tinham perdido outra menina (funeral ao qual eu presidi). Lembrei-me do funeral e no sofrimento daqueles pais misturada com a alegria que estavam a sentir naquele momento do Baptizado. Olhei para a mãe, de olhos vidrados, e os meus copiaram-nos. E pronto... que hei-de fazer? Sou assim! E não posso? Há gente que tema mania de me dizer que não posso ser tão sentimental ou sensível.
Se choro num funeral (ainda aconteceu domingo passado quando nos despedíamos do António, de 48 anos) - "porque chorou?, Não pode ser tão sensível?"
Se vejo um cão abandonado e me apetece chorar - "Não pode ser assim?!"
Se me emociono num casamento de alguém ao ver a alegria deles e a emoção deles - "Não pode ser tão sentimental!"
Digam-me uma coisa: Não posso porquê? Há alguma lei que proíba um homem de chorar? Ou alguma que diga que os Padres não exteriorizar emoções? É assim tão estranho eu reagir de forma sentimental à partilha de sentimentos?
Por favor, não me digam mais isso. Não quero mudar isso. Choro e rio-me as vezes que eu quiser. Podem-me colocar regras, podem-me indicar o que devo ou não fazer. O quando me são impostas por quem manda procuro cumpri-las. Mas nos meus sentimentos, nas minhas emoções e na forma como as exteriorizo ninguém manda. Nem eu. Quem manda é o coração.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
GRITO

Poemas de alguém maior
Ter a confiança p’ra caminhar
Sobre as águas sem temor.
Como o simples timoneiro
Que traça o rumo com a sua mão
Quero alcançar um porto seguro
Onde leve esta missão:
Hajam vozes p’ra este grito
que bradem alto porque eu acredito
que a força que faz o mundo girar
está na coragem dos Homens que lutam
e na vontade daqueles que anseiam
Por construir com o amor do Pai
sonhos e esperanças p’ra partilhar.
Como filho predilecto
que faz as delícias de qualquer pai,
Assim Te retribuo o afecto
espalhem a notícia e gritai:
Há sempre alguém que nos acompanha
Que olha por nós
Que nos ajuda a escalar a montanha
e não nos deixa sós.
E se ao fim do dia
me sentir sozinho
guardo estas palavras
retomo o caminho
porque ainda há quem precise saber:
que, em cada passo que avanço,
cada gesto que abraço,
fecho os olhos e é Ele quem vejo sorrir;
Se eu erro, Ele perdoa,
se me esqueço não me abandona
Eis o exemplo de amor a seguir!
Fátima

Casamento ou comédia?
Muitos casam-se "na Igreja" mas NÃO "pela Igreja".
Vestem-se de gala, celebram o rito, mas NÃO recebem o "sacramento do matrimónio" porque estão fechados a ele, não há um atitude de abertura. Muitos nem sequer sabem que existe um sacramento e o que este significa, celebram - como muito - um "matrimónio civil" com velas, flores e música. Nada mais. Muitos é o que procuram, o adorno.
Esta REALIDADE leva-me a afirmar e a repetir que há muitissimos mais "matrimónios nulos" do que os que se solicitam e declaram. Um pinguin que comungasse receberia o sacramento da Comunhão? Não, porque não têm capacidade nem atitude, falta o sujeito válido, isto é, quantas vezes recebemos sacramentos como pinguins? E eu continuo a perguntar: Pode celebrar-se uma "matrimónio sacramental" (a católica) sem conhecer nem querer o sacra-mento? Estes "matrimónios sem sacramento" não deveriam ser admitidos nem reconhecidos pela Igreja, da mesma maneira que não se reconhece o "matrimónio civil".
Se existe falsidade, ignorância, inconsciência ou involuntariedade sobre a espiri-tualidade do sacramento, não há religião, não há sacramento, não pode haver matrimónio religioso. Quantos há que só se dão conta quando se sentem agarrados como coelhos numa inamovivel armadilha! E não porque se sintam atados pela outra parte, mas pela inflexibilidade e incompreensão das normas religiosas. Quantos fogem da institução eclesial e da sua rigidez para poder respirar! Que paradoxo doloroso!
Alguns objectarão que, ainda assim, o matrimónio é válido porque há um contrato objectivo e público. Pode. Mas então seria um simples "matrimónio civil" festejado numa Igreja. E muitas vezes nem isso porque, além de não existir o sacramento, falta a suficiente maturidade (vontade, liberdade e consciência) para que esse contrato seja válido. Pode casar-se uma criança de dez anos? Teóricamente não. No entanto, a minha experiência diz-me que há muitas "crianças" que se casam sem mais nada do que a força do costume, das carências ou do impulso biológico. Infelizmente, as leis (civis e religiosas) fixam-se na maturidade biológica e nem tanto na sicológica e espiritual. Assim fundam-se famílias como currais e não como lugares cristãos.
Quando surgem as rupturas, não se pode aplicar aos divorciados menor compreensão que a aplicada a estes "matrimónios de faz de conta" celebrados dentro duma Igreja. O rigor, a severidade e a maturidade devem exigir-se ANTES do casamento e não DEPOIS do reconhecimento do erro. Seria um disparate MANTER o matrimónio "formali-zado" entre uma rã e um corcodilo. E mais ainda querer NEGAR os "erros iniciais dos contraentes" com a culpabilização da religião.
A solução para os divorciados católicos (de boa fé) passa por facilitar o acesso à "declaração oficial de nulidade" (reconhecimento de erros básicos na origem) depois de um meditado e resumido "processo de consciência" e não através dos larguissimos trâmites processuais actuais à imitação da justiça civil. Com a actual estructura jurisdiccional da Igreja seria praticamente impossível atender o aumento de processos de nulidade.
A "nulidade matrimonial" não é uma questão de leis rigidas, inflamados advogados, armadilhas processuais, nem de dinheiro por baixo da mesa (as pessoas estão muito engañadas neste ponto porque as taxas eclesiásticas são mínimas). É uma "questão de consciência", de discernimento, de ver se houve liberdade, vontade e consciência suficientes ou um fatídico ERRO, uma pura comédia inconsciente. A missão da Igreja deveria ser AJUDAR a discernir em consciência se existiu ou não matrimónio. Mais do que um tema jurídico e processual é um tema sociológico e espiritual. Mais do que juizes e advogados deveriam intervir sociólogos e mestres espirituais.
Não se trata de fazer desaparecer os divórcios enchendo a manga com nulidades para todos. Trata-se de abrir os olhos à REALIDADE e compreender que muitos pessoas “casam-se” por um erro próprio ou induzido. Não parece justo que existam soluções mais fáceis para um assassino em série que se arrepende, do que para quem reconhece o ERRO de ter "formalizado" um casamento equivocadamente. Para o assassino arrependido, o perdão sem condições. Para o erróneamente casado que quer rectificar o seu erro e a sua vida, excomunhão perpetua. Não parece sequer lógico.
Este é um dos temas pendentes da Igreja que a herarquia conhece muito bem. Por isso eminentes vozes desta mesma herarquia pedem um Concilio para aprofundar e dar soluções a estes nossos irmãos que sofrem ao estarem "oficialmente" afastados. A nossa hierarquia também reconhece que a protecção do matrimónio e família católicos passa por proporcionar uma formação séria e profunda ANTES do casamento e uma assistência continuada DEPOIS.
Claro que uma coisa é ver os problemas e outra dar-lhes solução.
A lentidão dos nossos dirigentes é proverbial.
Vestem-se de gala, celebram o rito, mas NÃO recebem o "sacramento do matrimónio" porque estão fechados a ele, não há um atitude de abertura. Muitos nem sequer sabem que existe um sacramento e o que este significa, celebram - como muito - um "matrimónio civil" com velas, flores e música. Nada mais. Muitos é o que procuram, o adorno.
Esta REALIDADE leva-me a afirmar e a repetir que há muitissimos mais "matrimónios nulos" do que os que se solicitam e declaram. Um pinguin que comungasse receberia o sacramento da Comunhão? Não, porque não têm capacidade nem atitude, falta o sujeito válido, isto é, quantas vezes recebemos sacramentos como pinguins? E eu continuo a perguntar: Pode celebrar-se uma "matrimónio sacramental" (a católica) sem conhecer nem querer o sacra-mento? Estes "matrimónios sem sacramento" não deveriam ser admitidos nem reconhecidos pela Igreja, da mesma maneira que não se reconhece o "matrimónio civil".
Se existe falsidade, ignorância, inconsciência ou involuntariedade sobre a espiri-tualidade do sacramento, não há religião, não há sacramento, não pode haver matrimónio religioso. Quantos há que só se dão conta quando se sentem agarrados como coelhos numa inamovivel armadilha! E não porque se sintam atados pela outra parte, mas pela inflexibilidade e incompreensão das normas religiosas. Quantos fogem da institução eclesial e da sua rigidez para poder respirar! Que paradoxo doloroso!
Alguns objectarão que, ainda assim, o matrimónio é válido porque há um contrato objectivo e público. Pode. Mas então seria um simples "matrimónio civil" festejado numa Igreja. E muitas vezes nem isso porque, além de não existir o sacramento, falta a suficiente maturidade (vontade, liberdade e consciência) para que esse contrato seja válido. Pode casar-se uma criança de dez anos? Teóricamente não. No entanto, a minha experiência diz-me que há muitas "crianças" que se casam sem mais nada do que a força do costume, das carências ou do impulso biológico. Infelizmente, as leis (civis e religiosas) fixam-se na maturidade biológica e nem tanto na sicológica e espiritual. Assim fundam-se famílias como currais e não como lugares cristãos.
Quando surgem as rupturas, não se pode aplicar aos divorciados menor compreensão que a aplicada a estes "matrimónios de faz de conta" celebrados dentro duma Igreja. O rigor, a severidade e a maturidade devem exigir-se ANTES do casamento e não DEPOIS do reconhecimento do erro. Seria um disparate MANTER o matrimónio "formali-zado" entre uma rã e um corcodilo. E mais ainda querer NEGAR os "erros iniciais dos contraentes" com a culpabilização da religião.
A solução para os divorciados católicos (de boa fé) passa por facilitar o acesso à "declaração oficial de nulidade" (reconhecimento de erros básicos na origem) depois de um meditado e resumido "processo de consciência" e não através dos larguissimos trâmites processuais actuais à imitação da justiça civil. Com a actual estructura jurisdiccional da Igreja seria praticamente impossível atender o aumento de processos de nulidade.
A "nulidade matrimonial" não é uma questão de leis rigidas, inflamados advogados, armadilhas processuais, nem de dinheiro por baixo da mesa (as pessoas estão muito engañadas neste ponto porque as taxas eclesiásticas são mínimas). É uma "questão de consciência", de discernimento, de ver se houve liberdade, vontade e consciência suficientes ou um fatídico ERRO, uma pura comédia inconsciente. A missão da Igreja deveria ser AJUDAR a discernir em consciência se existiu ou não matrimónio. Mais do que um tema jurídico e processual é um tema sociológico e espiritual. Mais do que juizes e advogados deveriam intervir sociólogos e mestres espirituais.
Não se trata de fazer desaparecer os divórcios enchendo a manga com nulidades para todos. Trata-se de abrir os olhos à REALIDADE e compreender que muitos pessoas “casam-se” por um erro próprio ou induzido. Não parece justo que existam soluções mais fáceis para um assassino em série que se arrepende, do que para quem reconhece o ERRO de ter "formalizado" um casamento equivocadamente. Para o assassino arrependido, o perdão sem condições. Para o erróneamente casado que quer rectificar o seu erro e a sua vida, excomunhão perpetua. Não parece sequer lógico.
Este é um dos temas pendentes da Igreja que a herarquia conhece muito bem. Por isso eminentes vozes desta mesma herarquia pedem um Concilio para aprofundar e dar soluções a estes nossos irmãos que sofrem ao estarem "oficialmente" afastados. A nossa hierarquia também reconhece que a protecção do matrimónio e família católicos passa por proporcionar uma formação séria e profunda ANTES do casamento e uma assistência continuada DEPOIS.
Claro que uma coisa é ver os problemas e outra dar-lhes solução.
A lentidão dos nossos dirigentes é proverbial.
Padres Inquietos
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
A Chuva

Mas entre nós, chover copiosamente não é magnífico nem reconfortante. É, antes, uma chatice e descobre esta forma piegas, trágica mesmo, com que lidamos com a chuva. Já agora, com o frio. Frio e chuva, então, é o apocalipse. E a tragédia abateu-se ontem sobre nós. Choveu a cântaros, e foi o suficiente para eu, antes de sair de manhã para as Missas, desengavetar a minha parka cor de laranja da Throttleman. O mais engraçado do dia de ontem foi apreciar a expressão verdadeiramente trágica das pessoas a entrar nos restaurantes, a circularem apressadamente
dos carros para a Igreja, e vice versa, a comentarem esta "chuva horrorosa", "que horror não se pode andar na rua".
Entretanto, hoje, leio o Correio do Minho, e vejo o estado caótico em ficou ontem a minha cidade de Braga. É engraçado que na cidade basta chover uns litrito de água seguida e é só inundações. Mas tenham paciência... as inundações de ontem foram boas. É que as primeiras chuvadas de Outono e enxurradas limpam a ruas, pois arrastam beatas, papeis, cocós de cão, pó, escarros secos e folhas para as sarjetas. E o que limpa as sarjetas? Cá está... são as inundações. O lado positivo daquilo que se passou ontem.
Entretanto, hoje, leio o Correio do Minho, e vejo o estado caótico em ficou ontem a minha cidade de Braga. É engraçado que na cidade basta chover uns litrito de água seguida e é só inundações. Mas tenham paciência... as inundações de ontem foram boas. É que as primeiras chuvadas de Outono e enxurradas limpam a ruas, pois arrastam beatas, papeis, cocós de cão, pó, escarros secos e folhas para as sarjetas. E o que limpa as sarjetas? Cá está... são as inundações. O lado positivo daquilo que se passou ontem.
Para quem tem medo da chuva e do frio o melhor, mesmo, é tomar uns chás de limão com mel e uns benurons, porem um casaquinho e mais um cobertor na cama. Bom Outono.
Sentido de família

terça-feira, 28 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
sábado, 18 de setembro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Doença da moda...
A nossa personalidade, a maneira como encaramos a vida, tem por vezes grande influência na forma como reagimos quando nos deparamos com qualquer das muitas adversidades e contrariedades que a vida nos apresenta. Por vezes, nem sempre somos capazes de lidar positivamente com algumas dessas contrariedades, não conseguimos encará-las como uma oportunidade em aprender algo de novo.
É quando isto acontece que pode muitas vezes surgir a depressão, quando as pessoas se sentem tristes com elas próprias, quando não têm confiança nas suas capacidades, essencialmente quando pensam demasiado no passado e temem o futuro.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
DESPERTAR
Havia a tua voz
havia o teu odor
mas o tempo e a distância levam tudo
e adormecem o amor.
Acorda, amor, acorda
chegou o tempo e à distância somos nós
frente a frente à mesma porta
sem coragem para a abrir
e os olhos já despertos pela dor...
Porque havia a tua voz
porque havia o teu odor
Mas o tempo e a distância levam tudo
e o que fica é raiva e fúria e amarga dor
em que adormece um grande amor.
Acorda, amor, acorda
abre os olhos, abre a porta
deixa-me entrar no teu silêncio
deixa-me abraçar a tua imagem
que o tempo e a distância levam tudo
levam tudo mas não levam esta dor.
E havia a tua voz
e havia o teu odor…
Abre a porta, abre a porta
foge ao tempo e à distância
e acorda, meu amor…
Felipa Monteverde
(Retirado de http://veredasdomeucaminho.blogspot.com )
havia o teu odor
mas o tempo e a distância levam tudo
e adormecem o amor.
Acorda, amor, acorda
chegou o tempo e à distância somos nós
frente a frente à mesma porta
sem coragem para a abrir
e os olhos já despertos pela dor...
Porque havia a tua voz
porque havia o teu odor
Mas o tempo e a distância levam tudo
e o que fica é raiva e fúria e amarga dor
em que adormece um grande amor.
Acorda, amor, acorda
abre os olhos, abre a porta
deixa-me entrar no teu silêncio
deixa-me abraçar a tua imagem
que o tempo e a distância levam tudo
levam tudo mas não levam esta dor.
E havia a tua voz
e havia o teu odor…
Abre a porta, abre a porta
foge ao tempo e à distância
e acorda, meu amor…
Felipa Monteverde
(Retirado de http://veredasdomeucaminho.blogspot.com )
Às vezes quero conseguir tudo...
Quero chegar longe, viver muito, sentir tudo.
Quero amar e ser amado com paixão...
Ter dias mais longos. Rir com toda a pujança
Conseguir metas seguir sempre em frente com novas metas no horizonte.
É urgente novas metas e novos horizontes....
Vejo-me como peregrino, arquitecto, amigo, aventureiro, amante, discípulo...
Vagabundo do nada...
Sinto-me leve a caminhar nesta terra de desejos, onde a sede volta a acender-se... Onde nada me satisfaz....
Habitar nesta terra faz-me sentir vivo, faz-me encontrar motivos para avançar.
Mas...
Quero chegar longe, viver muito, sentir tudo.
Quero amar e ser amado com paixão...
Ter dias mais longos. Rir com toda a pujança
Conseguir metas seguir sempre em frente com novas metas no horizonte.
É urgente novas metas e novos horizontes....
Vejo-me como peregrino, arquitecto, amigo, aventureiro, amante, discípulo...
Vagabundo do nada...
Sinto-me leve a caminhar nesta terra de desejos, onde a sede volta a acender-se... Onde nada me satisfaz....
Habitar nesta terra faz-me sentir vivo, faz-me encontrar motivos para avançar.
Mas...
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Mundo virtual...

Expert da informática... eu?

Mas há mais... agora com matéria mais recente. E lembrei-me deste episódio a propósito de outro.
Cheguei ao escritório e não tinha internet. Soltei dois palavrões daqueles mesmo feios. Acabei por concluir que não era avaria nenhuma. Aparentemente, a funcionária ao limpar o gabinete desligou um fio de telefone... eu chateei meio mundo, sumidades de informática, doutorados e doutorandos na elevadíssima ciência virtual... e eu não sei se sabem o que significa ter informáticos agarrados a um computador tentando decifrar uma avaria, sobretudo quando eles põem aquela cara de expressão condescendente para com os pobres mortais que não percebem nada de computadores. Sentam-se, pegam no rato, calam-se (esta do "calam-se" é importante... não dizem nada, apenas balbuciam respostas breves e quase ininteligíveis quando a gente já está sem paciência e pergunta que raio é que estão a fazer e eles dizem para termos calma porque "ele", este "ele" é o computador, bem entendido, está a "pensar"...), andam com o rato para cima, com o rato para baixo, franzem o cenho, os olhos, a testa, cofiam a barba (um bom informático não faz a barba todos os dias) tudo isto numa atmosfera solene e de profunda intelectualidade... depois abrem uma janela... e outra, e outra ainda, clicam ali, depois clicam aqui... o tempo passa e nós “perdemo-nos”, ficamos sem fazer a mínima do que estão para ali a fazer... eu nestas coisas às tantas reconheço que não faço a mais pálida ideia do que se está a passar, mas o grave é que começo a achar que eles também não – entraram na estratosfera virtual, um cosmos muito peculiar a que nem todos temos o privilégio de ver a porta aberta e ficam eles também, sem a mais remota ideia do que estão a fazer... olham... clicam... deixam o "coiso" pensar... abrem mais janelas, olham vaga e profundamente para o monitor... e, de vez em quando, olham para nós e deixam escapar um expressão qualquer que nós não percebemos, mas a ideia é mesmo essa, é não percebermos, eles gostam que a gente não perceba - aumenta o suspense e claramente valoriza a missão de que foram incumbidos e para a qual Deus Nosso Senhor os habilitou e Ele lá teria as Suas razões para a Sua selectiva escolha. Normalmente isto acontece, portanto, já na tal fase em que o técnico também já não sabe bem (nem mal) o que está a fazer. Ah!!!! Importante. Aproveitam e tiram lixo, "coisas", “tralha”, que a gente não precisa.... "coisas" que estão ali a mais, não são vírus, atenção, que vírus é “outro departamento”, são... lixo, assim uma espécie de "excremento" mais ou menos tolerável, mas que não deixa de ser excremento e, como tal, deve ser eliminado. É nesta altura que nós nos achamos uns profundos ignorantes, afinal não sabíamos que os computadores tinham excrementos, afinal defecavam como um comum mortal… mesmo assim atrevemo-nos a dizer que o excremento encontrado não fazia diferença nenhuma... nós apenas pedimos auxílio porque não conseguíamos ligação á Internet. Mas isso provoca um olhar de desprezo, claramente uma mirada “por cima da burra”, talvez mesmo comiseração pelos pobres de espírito que não sabem distinguir a informação boa da má e, sobretudo, que os computadores produziam excrementos.
Pois, foi isso o que me aconteceu. E depois de um looooooooooooongo período nestes termos, há alguém que, com a graça de Deus, repara numa pontinha do fio telefónico, uma coisa minúscula, fininha e que está numa zona mais ou menos emaranhada de pequenos fios e pergunta inocentemente: este fio não estará desligado? E... tchan, tchan, tchan, tchan ... eis ali a net ligada, a linha telefónica operacional e tudo nos conformes. O cientista, o informático encartado olhou para o "alguém salvador" e acho que o poderia fuzilar com os olhos...
Pois, foi isso o que me aconteceu. E depois de um looooooooooooongo período nestes termos, há alguém que, com a graça de Deus, repara numa pontinha do fio telefónico, uma coisa minúscula, fininha e que está numa zona mais ou menos emaranhada de pequenos fios e pergunta inocentemente: este fio não estará desligado? E... tchan, tchan, tchan, tchan ... eis ali a net ligada, a linha telefónica operacional e tudo nos conformes. O cientista, o informático encartado olhou para o "alguém salvador" e acho que o poderia fuzilar com os olhos...
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
corte de cabelo
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Uma lição no cemitério

Tenho asas...
Foi, hoje, na hora do almoço, em Moure. Entrei num restaurante local para almoçar. Estava sozinho e ela perguntou se me podia fazer companhia, porque também estava sozinha. Nunca tinha parado para conversar com ela. Era uma como tantas outras. A conversa (e o almoço) foi tão agradável. Muitas vezes perdemos momentos destes, perdemos pessoas só por ficarmos pelo bom dia ou boa tarde ou o olá. Pessoas com as quais apenas nos cruzamos e que têm muito mais para nos dizer.
Nessa conversa perguntou-me como tenho aguentado tanto tempo em Moure, quando os sacerdotes anteriores e passo a citar "fizeram como os artistas de circo. Actuaram e foram". Claro que trouxe à conversa o caso da mudança de Pároco na cidade de Fafe. É verdade que eu próprio coloco a mim mesmo, inúmeras vezes, a mesma interrogação. Porque estou aqui? Ainda sou útil em Moure? E em Rio Mau? E em Escariz, S. Mamede? Não seria melhor para mim e para e as Comunidades que haja mudança? A resposta tem sido sempre a mesma. Não. Quer da minha parte quer da parte daqueles que me estão confiados. Não é menos verdade que há sempre quem queira a mudança. Um Padre que seja Pároco não agrada a todos. E para mais há algo que alguém escreveu que me faz sempre pensar: "não são os ventos nem as marés, só as âncoras, que nos permitem navegar". E quando me apetece mandar tudo pro... quando me sinto sem forças para continuar a lutar, ou quando me sinto cansado, como diz o meu amigo e condiscípulo Pe Vitor Rodrigo, de andar a encontrar soluções para problemas que não criei penso sempre neste pensamento: "Nada é pesado para quem tem asas". Foi isto que lhe disse quando ela me perguntou como aguentava suportar alguns dos acontecimentos dos últimos 10 anos. E acreditem que as minhas asas tem de ser mais fortes que o habitual, porque eu também sou pesado.
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